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Na tribuna

Serraglio vai à tribuna “dar o troco” no senador Aécio Neves

O ex-peemedebista admitiu ter sido pressionado quando estava na cadeira de ministro da Justiça

Publicado em 19/04/2018 às 00:31
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Deputado federal comemorou 12 anos dos trabalhos da CPMI dos Correios (Foto: Divulgação)

Nesta terça-feira (17), enquanto a 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidia se Aécio Neves seria ou não réu da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR) nos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça, o deputado federal Osmar Serraglio fazia um pronunciamento no Grande Expediente da Câmara dos Deputados em comemoração aos 12 anos dos trabalhos da CPMI dos Correios, que investigou o Mensalão, da qual ele foi relator, e que culminou com mais de 20 condenações de denunciados, entre eles empresários, banqueiros, ministros e políticos.

Serraglio iniciou seu pronunciamento dizendo que, naquele exato momento, estava sendo julgado no Supremo Tribunal Federal, quem que já foi Candidato a Presidente da República (no caso o senador Aécio Neves) e que foi colhido em ligação telefônica, com o acusado Joesley Batista, em que demonstravam revolta com sua conduta, quando Ministro da Justiça, por se recusar a ceder a pressões objetivando a indicação de delegado da Polícia Federal de preferência dos denunciados, para investigar suas próprias ações delituosas.

Serraglio lembrou também que “pressões semelhantes advieram do senador Renan Calheiros, ex-Presidente do Congresso Nacional, multi-investigado pela Polícia Federal. Por aí já se descortinam algumas das razões de alto nível político-partidário que instabilizaram minha permanência na pasta”, disse Serraglio.

A 1ª Turma do STF aceitou a denúncia apresentada pela PGR contra o senador Aécio Neves. A denúncia contra Aécio teve como base a delação de executivos da J&F, divulgada em 2017, na qual Aécio foi flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Nas gravações, Aécio afirma que o dinheiro seria usado para pagar despesas com advogados.

Entre as testemunhas arroladas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na denúncia contra o senador Aécio Neves, estão o delegado Leandro Daiello, ex-diretor da Polícia Federal, e o deputado federal Osmar Serraglio, que foi Ministro da Justiça.

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