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Supostos desvios

André Buratti apresenta habeas corpus e não comparece à CPI da Covid de Umuarama

O ex-diretor da Norospar seria a segunda testemunha a ser ouvida pela CPI nesta terça-feira (24)

Publicado em 24/08/2021 às 17:31

Contador Guilherme Roberto Pereira, que está detido desde o mês de maio, falou aos vereadores na manhã desta terça-feira (24) por meio de plataforma digital (Foto: Assessoria)

Pela primeira vez a CPI da Covid ouviu uma testemunha por meio de vídeo conferência. O contador Guilherme Roberto Pereira, que está detido desde o mês de maio, falou aos vereadores na manhã desta terça-feira (24) por meio de plataforma digital diretamente do Complexo Médico Penal do Paraná.

Primeiramente o contador respondeu às questões da presidente da CPI, vereadora Ana Novais, que indagou sobre suas atribuições, assim como se prestava serviços para a Clínica Médica Daniela de Azevedo e Silva e a Sampaio Dias e Vasques de Souza Serviços de Enfermagem, ambas alvo de investigação pela Operação Metástase. Guilherme afirmou que sim.

O contador também respondeu sobre quais tipos de serviços prestava para as referidas empresas, destacando que suas atribuições eram voltadas ao controle do RH no que diz respeito aos funcionários que prestavam serviços para as empresas, por meio de contrato firmado mediante dispensa de licitação. Além da emissão de notas fiscais, orçamento e a planilha de cálculos para as empresas.

Referidos serviços eram prestados para o município no atendimento aos casos de covid-19, por meio de recursos oriundos do Fundo Municipal de Saúde, responsável por gerir os investimentos no atendimento em saúde prestado pelo Poder Executivo Municipal mediante a Secretária Municipal de Saúde.

Recebimentos mensais

Um dos pontos mais relevantes da oitiva, após o questionamento do vereador Ednei do Esporte, foi a confirmação de Guilherme Roberto Pereira de que ele teve conhecimento de recebimentos mensais que variavam entre R$ 3 a R$ 5 mil pela ex-secretária municipal de saúde, Cecília Cividini e a ex-diretora municipal de saúde, Renata Compagnole de Oliveira. O dinheiro seria repassado pelas duas empresas investigadas.

O vereador Sorrisal questionou ao contador Guilherme Roberto Pereira, se a servidoras recebiam o pagamento de propina. O mesmo confessou que a ex-secretária municipal de Saúde, Cecília Cividini, e a ex-diretora municipal de Saúde, Renata Campagnole, recebiam propina de empresários, de empresas contratas com recurso do Fundo Municipal de Saúde, mediante recursos destinados ao combate da Covid-19.

Por sua vez, a vereadora Cris das Frutas solicitou informações ao contador se ele teria tido algum tipo de contato com José Círero da Silva Laurentino, ex-diretor de assuntos institucionais da Prefeitura Municipal de Umuarama. Guilherme informou que não havia tido nenhum contato com Laurentino anteriormente e que o conheceu em 05 de maio, quando ambos foram detidos por força da operação do MP e Gaeco.

Os vereadores Mateus Barreto e Ana Novais solicitaram que o depoimento do contador seja encaminhado para o Ministério Público do Estado do Paraná. Barreto defendeu a prisão de Cecília Cividini e a revogação da prisão domiciliar de Renata e Lúcia. O requerimento teve apoio dos membros da CPI.

André Buratti

O ex-diretor da Norospar, André Roberto Buratti seria a segunda testemunha a ser ouvida pela CPI. Ele não compareceu por conta de ter habeas corpus deferido ministro Jesuíno Rissato – desembargador convocado pelo TJDFT –, garantindo ao mesmo o direito de não comparecer à Comissão até que haja julgamento definitivo do processo em tramitação.

Próximos a serem ouvidos

Os trabalhos da CPI seguem na próxima semana, quando no dia 31, devem ser ouvidos José Cícero da Silva Laurentino, ex-diretor de assuntos interinstitucionais da prefeitura e a médica Daniela Azevedo, da Clínica Médica Daniela de Azevedo Silva. Por estarem detidos, os depoimentos de Cícero e Daniela devem ser prestados mediante videoconferência conforme ocorrido com o contador Guilherme Roberto Pereira.

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