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ECOLOGIA

Coleta de lixo no Dia do Rio mostra situação precária do Lago Aratimbó

Órgãos ambientais estudam formas para resolver o problema de assoreamento e a poluição no cartão-postal de Umuarama

Publicado em 26/11/2018 às 06:49
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Ato simbólico marcou ações em comemoração ao Dia do Rio, comemorado no dia 24 de novembro (Foto: Tiago Boeing)

Para marcar o Dia do Rio, comemorado nacionalmente em 24 de novembro, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura de Umuarama realizou um ato simbólico no Lago Aratimbó, na manhã desta sexta-feira, 23. Construído para ser um dos cartões-postais da cidade, inaugurado em dezembro do ano 2000, o lago enfrenta hoje uma série de problemas, principalmente assoreamento e poluição, causada pelo acúmulo de lixo e despejos irregulares nas galerias pluviais que ali desaguam.

O diretor de Meio Ambiente do município, Matheus Michelan Batista, reuniu uma equipe da sua pasta, agentes da Vigilância Ambiental da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e voluntários da Copel para uma rápida limpeza às marges do lago. O trabalho teve de ser interrompido devido às chuvas, mas em cerca de uma hora foram recolhidos vários sacos de lixo. “Há muito lixo flutuante, como recipientes plásticos, calçados e brinquedos velhos, isopor, madeiras e outros resíduos, que prejudicam a aparência do nosso lago e que, acima de tudo, afetam a qualidade da água e prejudicam a fauna aquática”, avaliou o diretor.

Outro problema sério e a poluição, causada por construções civis e oficinas que jogam resíduos nas calçadas ou no asfalto em bairros localizados na parte acima da represa. “Com a chuva, ou mesmo com a água usada na limpeza de betoneiras, lavagem de peças e funilaria de veículos, os resíduos acabam caindo nas galerias pluviais e são conduzidos diretamente às nascentes do lago, causando um triste aspecto de sujeira, podendo inclusive causar a morte de peixes”, acrescentou Matheus Michelan.

O diretor deve enviar amostras de água para análise nos próximos dias, porém já imagina os resultados. Já o assoreamento, um problema recorrente, não tem nenhuma ação prevista em curto prazo. “Precisamos combater a causa desse acúmulo de areia, terra e detritos no lago. Fiscalizar a parte de cima do córrego, adotar medidas preventivas, intervenções estruturais, o que for necessário para evitar que essa areia chegue até a represa. Só aí poderemos dragar os sedimentos e garantir uma conservação de qualidade com este, que é um dos principais pontos de encontro, lazer e convivência dos umuaramenses”, completou.

No próximo ano, a Diretoria de Meio Ambiente vai estudar quais medidas são necessárias e viáveis para resolver o problema do assoreamento, além de combater a poluição. Uma delas será a instalação de bueiros inteligentes (com grades que ajudam a reter os resíduos sólidos antes de chegarem à represa) e redes de contenção nas saídas de galerias pluviais. “A população precisa se conscientizar que todo o lixo jogado na rua vai para a boca de lobo e pelas galerias acaba chegando aos nossos rios e lagos. É essa falta de cuidado que causa esse triste cenário, embora a cidade conte com coleta de lixo regular em todos os bairros – de resíduos orgânicos e material reciclável”, finalizou Matheus Michelan.

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