Durante a defesa do prefeito afastado de Umuarama Celso Luiz Pozzom (PSC), na Sessão Especial de Julgamento, já na madrugada deste sábado (22), o advogado Gustavo Bonini Guedes disse que o político não é réu em processo que investiga desvios da Saúde, por isso se cassado antes de decisão da Justiça é incoerente.
“A Justiça não acatou ainda a denúncia feita pelo MPPR. Ele foi uma das três pessoas que não foram acusados por formação de quadrilha ou corrupção. Por duas vezes a sua prisão foi negada pelo TRF”, destacou o defensor.
Considerando a decisão da Comissão Processante como política, pois ainda não houve primeiro ato da Justiça, o advogado também ressaltou que a investigação e acusação do MPPR e da Comissão se basearam em uma conversa telefônica de Celso que ele considera “premeditória”, que não comprova envolvimento do prefeito afastado.
Pozzobom teria pago parcela de compra de apartamento, no Edifício Malibu, com dinheiro desviado da Saúde de Umuarama, precisamente de um cheque que seria para pagar procedimentos médicos em hospital da cidade.
“A investigação que trata do desvio da Saúde na pandemia e desse hospital, é alvo de outro processo, não desse, quero lembrar aqui. Todo mundo sabe que Pozzobom, que atua há anos no ramo madeireiro, trocava cheques”, conclui o defensor.
Sobre a Operação Metástase, a assessoria do Ministério Público do Estado do Paraná confirmou na segunda-feira (17), à reportagem do Portal da Cidade Umuarama, que "já foi concluída a investigação e proposta a denúncia criminal, que aguarda ser recebida pelo TJPR".
Até a publicação desta reportagem, às 03h14, deste sábado (22), a Sessão Especial de Julgamento ocorria, com o discurso dos advogados de defesa do prefeito afastado, Celso Luiz Pozzobom.