Em Sessão Especial de Julgamento iniciada nesta sexta-feira (19), a Câmara Municipal de Vereadores de Umuarama cassou o mandato do prefeito afastado Celso Luiz Pozzobom (PSC). O prefeito afastado não compareceu, mas a sessão que terminou às 3h50 deste sábado (22) foi acompanhada por moradores até fora da Câmara Municipal, onde um telão foi instalado.
Por unanimidade, Pozzobom foi cassado sobre a justificativa de que teria pago parcela de compra de apartamento, no Edifício Malibu, com dinheiro desviado da Saúde de Umuarama. A denúncia foi apresentada no dia 14 de outubro de 2021 por Jorge Vieira, que já foi prefeito interino de Umuarama.
A partir da denúncia, os vereadores aprovaram e formaram uma Comissão Processante, que teve o vereador Sonrrisal eleito presidente, Ana Novais relatora e Ednei dos Esportes como membro, e que analisou e investigou a denúncia, a colocando em votação. A denúncia foi motivada depois que o fato foi investigado e virou alvo de processo do Ministério Público do Paraná (MPPR), no âmbito da Operação Metástase.
De acordo investigação do Ministério Público do Paraná, o operador financeiro de uma organização criminosa que teria desviado até R$ 19 milhões da Saúde de Umuarama, descontou um cheque de R$ 54 mil emitidos por um hospital da cidade e pagou parcela do apartamento em nome de Pozzobom, que nega a acusação.
A defesa do prefeito já se manifestou na própria investigação, que foi lida durante a sessão. A defesa teve seu espaço e cada vereador 15 minutos para se manifestar sobre a acusação. Em suma, os advogados alegam falta de imparcialidade dos vereados envolvidos nas investigações e que não há fatos que comprovem o efetivo envolvimento do prefeito no suposto crime de infração político-administrativa.
O setor jurídico da Câmara Municipal vai realizar um decreto legislativo a ser encaminhado para Justiça Eleitoral, informando da decisão dos vereadores, e do imediato afastamento de Pozzobom do cargo de prefeito. Também fica a cargo da Câmara Municipal, empossar o prefeito interino Hermes Pimentel, ato que ainda vai ser divulgado pela Câmara.
(Fotos: Eduardo Sebim/Portal da Cidade Umuarama)
