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Febre do pedal: ciclismo ganha força entre os umuaramenses em tempos de pandemia

Por ser uma atividade extremamente benéfica para a saúde e praticada ao ar livre, andar de bike se tornou o hobby de muitos moradores durante o isolamento

Publicado em 19/04/2021 às 02:20
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Considerada uma atividade segura em tempos de pandemia, a modalidade dá aos praticante a possibilidade de conhecer as beleza da região (Foto: Acervo/Ricardo Papelaskov)

Não é difícil perceber que de uns tempos para cá o número de ciclistas nas ruas da cidade e também nas estradas aumentou. A pandemia exacerbou a paixão em muitos, mas despertou também o amor pelo ciclismo inúmeros novos adeptos não imaginavam que poderiam ter. Muito mais do que um meio de transporte, esporte ou um hobby, ele se tornou um estilo de vida para alguns. Em Umuarama, eles se organizam em grupos que diariamente se encontram para pedalar pelas ciclovias, parques e estradas rurais da região.

Uma dessas apaixonadas pela modalidade é Maria Cristina, de 32 anos, ciclista amadora há menos de dois anos, que encontrou no pedal uma prática com inúmeras vantagens. Bióloga e amante da natureza, utiliza os passeios de bike para entrar em contato com o meio ambiente, relaxar, respirar ar puro. “É uma ótima maneira de desestressar da correria da semana, é revigorante. Além, é claro, de poder conhecer novos lugares, rios, cachoeiras, paisagens. Já pude ver muitos pores do sol de tirar o fôlego. São momentos mágicos com os amigos e grandes oportunidades de se fazer novas amizades”, declara.

Outro ponto a favor, ela destaca, é a saúde, que apresentou uma grande melhora. “O pedal acelera o metabolismo, melhora a resistência muscular e respiratória, combate o sedentarismo e o estresse, desenvolve o bem-estar e melhora o humor; e como melhora o humor! Ninguém é infeliz pedalando! É o momento em que a gente nem se lembra dos nossos problemas”, completa


“A gente não vê a hora de chegar final de semana para pegar a bike e sair sem pressa de voltar”, Maria Cristina.

O fotógrafo Ricardo Papeloskov, de 46 anos, também foi um dos que seguiu o movimento de adesão ao ciclismo durante a pandemia. Ciclista há 9 meses, deu as primeiras pedaladas ainda com uma bike comum, que pertencia à esposa. “Tínhamos uma bike parada em casa, e um dia cheguei, olhei pra ela e pensei: ‘vou dar uma volta’. Depois disso, tudo aconteceu muito rápido, tomei gosto pela coisa e comecei a encontrar outras pessoas que também se encontravam para pedalar”, conta.

Ricardo Papelascov durante passeio com colegas do grupo Pedal da Amizade

“Conforme a paixão pelo esporte foi crescendo, me vi instigado a comprar uma bicicleta mais ‘potente’, é como um carro, depois que você aprende a dirigir, você não quer mais conduzir um fusca, já pensa um carro mais confortável, mais equipado e seguro”, brinca o fotógrafo. “Após adquirir uma bike mais adequada, a paixão e assiduidade no esporte só cresceu, vi muitos benefícios para minha a saúde, melhora do colesterol e perdi 12 quilos em um curto período”.

Também no grupo Pedal da Amizade, Ricardo encontrou uma rede de apoio e incentivo para seguir nas pedaladas. São cerca de 150 ciclistas, que divididos em grupos reduzidos, combinam passeios aos finais de semana para cidades nas imediações de Umuarama.

Os percursos variam de 40 km para o iniciantes, até pedaladas de 200 km para os mais experientes. Eles utilizam estradas rurais e secundárias, uma maneira de seguir por um percurso mais seguro, sem precisar dividir a via com carros e caminhões. “Mesmo dentro do perímetro urbano ainda encontramos alguns problemas de mobilidade, falta de sinalização, insegurança e falta de respeito de por parte de alguns motoristas".

A escassez de ciclovias também é algo que desmotiva os passeios na cidade. “Temos poucos quilômetros de ciclovia em Umuarama, e o pouco que existe ainda é disputado por muitas pessoas que utilizam a bicicleta para trabalhar, além de pedestres”, comenta.


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