No início da tarde desta quarta-feira (04), a Polícia
Civil do Distrito Federal prendeu Itamar Silva Pereira, de 49 anos, em sua
residência, que fica localizada na rua Pará, em Umuarama. Ele é suspeito de
aplicar golpes bancários usando páginas falsas de bancos, que roubavam a senha
de usuários.
A operação que resultou na prisão foi batizada de Paragon e teve o apoio de policiais civis de Umuarama. Além da detenção, que é preventiva, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do suspeito.
Itamar é suspeito de ter desviado milhões de reais de
dinheiros de contas bancárias em todo o Brasil. Para conseguir as senhas ele
invadia os computadores por meio dos roteadores de conexão com internet
enviando um vírus que direcionava a vítima a uma página falsa do banco que ela
estava acostumada a usar. Quando a vítima acessava o site falso, Itamar
conseguia ter acesso a todos os dados bancários.
Segundo o agente de Polícia Civil do Distrito Federal, Ulisses da Nóbrega Silva, o homem desviou milhões de reais em dinheiro, aplicando o golpe em vítimas de todo o Brasil. Por dia, ele chegava a fazer 100 vítimas. Ainda segundo o agente, a polícia agora trabalha para identificar quais as outras pessoas que estão envolvidas no esquema.
No cumprimento dos mandados, a Polícia Civil apreendeu
dois celulares, dois notebooks e dois veículos de luxo que estavam na
residência. Outros seis veículos que pertencem a Itamar também estão à
disposição da Justiça: caminhões, carretas e carros de pequeno porte.
Investigação
A investigação começou a ser feita pela Polícia Civil do Distrito Federal a partir do registro de boletim de ocorrência por cinco vítimas e por um banco. Para conseguir chegar até Itamar o processo durou um ano. Os policiais localizaram o autor dos crimes por meio das contas de e-mail que ele usava. Em parceira com as provedoras de e-mail foi possível localizar o endereço e solicitar o apoio da Polícia Civil de Umuarama na investigação.
O outro lado
O advogado Danilo Barbosa disse que tanto ele como Itamar não tem informações sobre a prisão e que irá levantar todos os dados para saber o que de fato ocorreu. Ele ainda não teve acesso ao inquérito.