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Psicóloga explica como a separação dos pais afeta os filhos em cada fase da vida

As consequências e a forma como as crianças reagem ao divórcio dos pais pode ser diferente em cada idade, esclarece a especialista Mary Segatti

Publicado em 11/09/2019 às 07:21
Atualizado em

Mary Segatti é psicoterapeuta, realiza acompanhamento psicológico em crianças, adolescentes e adultos (Foto: Divulgação)

Quando um casal decide se separar e tem filhos em comum, umas das grandes preocupações é a saúde emocional das crianças. Cada uma sente o divórcio de forma diferente e muitas vezes a reação pode variar de acordo com a idade. A pergunta que se faz é: como agir para que o divórcio afete o mínimo possível as crianças e adolescentes? Tudo depende se é uma separação amigável ou processo de divórcio se assemelha a uma guerra. Deve-se levar em consideração também a personalidade das crianças, o modo como os pais enfrentam a situação e a explicam para os filhos. 

Como a separação afeta os filhos de acordo com a idade 

Antes do nascimento e até um ano  

O estado emocional da mãe influencia seu desenvolvimento. Quando a mãe sofre um acontecimento traumático durante a gravidez, a criança corre risco de nascer com atraso no desenvolvimento cognitivo ou de baixo peso. Se a mãe está deprimida, irritada ou tensa por causa da situação, o bebê sentirá o mesmo. Provavelmente vai chorar mais, vai querer ficar no colo o tempo todo.

De 1 a 3 anos  

Nessa fase, as crianças ainda não são capazes de entender completamente o que está acontecendo, mas sentem o divórcio como algo muito estressante. Assim, muitos medos e ansiedades podem aparecer, bem como retrocessos em seu desenvolvimento. Por exemplo, tendo pesadelos, medo do escuro, aumento da irritabilidade e agressividade entre outros. As crianças muitas vezes expressam suas mágoas com agressão. 

De 4 a 7 anos 

Nesse estágio as crianças já entendem mais a situação. É muito importante, explicar o que está acontecendo da melhor maneira possível, com uma linguagem que a criança entenda As crianças nesse período tem um pensamento onipotente , acreditam que tudo é causado por culpa dela. Pode ocorrer dificuldade escolar e alguma regressão como, falar, comer, etc. 

De 7 e 12 anos 

Nessa fase as crianças colocam suas energias na escola e no dever de casa. Se tornam mais sensíveis ao que acontece com os outros, têm mais capacidade de entender o que é divórcio, mas não expressam qualquer opinião sobre isso. A criança pode vir ter pesadelos, sentir-se triste ou com raiva, ter problemas com provas e atividades escolares. 

Após os 12 anos 

Nessa fase, torna-se mais complicada a aceitação do divórcio, devido a uma procura por sua própria identidade. A separação dos pais pode fazer com que a criança se sinta insegura e a violação de regras logo aparece.

Procure ajuda profissional

Em todos esses estágios ou momentos da vida da criança, a psicoterapia contribui para a compreensão dos sentimentos, e ajuda a sentir-se mais segura para enfrentar essa situação. Se perceber qualquer diferença em seu filho, procure um profissional de psicologia. 

Mary Segatti

Psicóloga - CRP 08/08979

Atua com avaliação psicológica, acompanhamento psicoterapêutico em crianças, adolescentes e adultos, ludoterapia infantil e orientação vocacional.

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