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Encontro discute políticas para a população de rua em Umuarama

Qualificação para inclusão na economia solidária e geração de renda é uma forma de resgatar os moradores de rua

Publicado em 25/01/2018 às 05:39

Centro Pop é responsável por dar suporte aos moradores de rua em Umuarama (Foto: José A. Sabino)

O prefeito Celso Pozzobom e as secretárias municipais de Saúde, Cecília Cividini, e de Assistência Social, Izamara Moura, conduziram uma reunião sobre a política de atendimento à população de rua na manhã desta quarta-feira (24), na Prefeitura, com a participação de importantes lideranças e servidores que atuam em contato direto com andarilhos, moradores de rua, dependentes químicos e a comunidade indígena que passa por Umuarama com certa frequência. O encontro teve a presença do coordenador do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) no Paraná, Leonildo José Monteiro Filho.

“Ainda é pouco, mas já notei algum avanço. As abordagens aumentaram, bem como o acompanhamento das pessoas que ficam paradas na Praça da Bíblia e nos bosques. A demolição dos banheiros da Praça da Bíblia também deu resultado”, disse o prefeito.

O Centro Pop recolheu pertences que estavam abandonados em praças e outros logradouros públicos, porém 33 pessoas abordadas pelas equipes da Secretaria de Assistência Social em situação de rua não aceitaram acolhimento. “Realizamos um trabalho paralelo à assistência, de atenção e orientação para tentar entender essa opção, já que muitos têm familiares na cidade e mesmo assim vivem nas praças e ruas”, acrescentou a secretária Izamara.

Para o coordenador do MNPR, uma assistência social eficiente acaba por contribuir para o aumento da população de rua, que não aparece nas estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). “Em Curitiba são cerca de 5 mil, em Umuarama me parece que são aproximadamente 60 pessoas, mas para saber o que precisa ser feito com eles, devemos reunir a sociedade em torno de um comitê intersetorial para tratar essa questão”, disse.

Com a vivência das ruas – onde já foi morador –, Leonildo disse que embora o problema pareça não ter solução, existem ações que podem resgatar muitas pessoas dessa condição, como acesso à moradia, cuidados com a saúde (para tratar a dependência química e do álcool), qualificação para inclusão na economia solidária e geração de renda. “Alguns municípios já aderiram a esta política e têm produzido bons exemplos. Umuarama também deve definir a sua estratégia e estamos aqui para contribuir”, resumiu.

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