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Teatro

Cia.Stavis-Damaceno apresenta “Psicose 4h48” em Umuarama

O grupo chega a 15 cidades do interior do estado em 45 apresentações de três espetáculos

Publicado em 27/05/2019 às 21:13

Peça se passa mais na mente da protagonista do que no consultório psiquiátrico que remete a cenografia (Foto: Divulgação)

Em 2019, a Cia.Stavis-Damaceno completa 15 anos de existência e atividades ininterruptas de investigação da cena teatral, produção e difusão, além de trabalhar com processos pedagógicos em teatro. A fim de continuar a celebração de 15 anos, a companhia desembarca, pela primeira vez, em 15 cidades do interior do Paraná realizando 45 apresentações gratuitas dos trabalhos: Árvores Abatidas ou Para Luis Melo (indicada aos Prêmios Shell, APCA e Aplauso Brasil), Artista de Fuga e Psicose 4h48. Além das apresentações, acontecem gratuitamente oficinas de teatro e de formação de plateia, debates e apresentações didáticas.

As peças selecionadas para a circulação acumulam um histórico de, somadas, mais de 450 apresentações pelo Brasil. Nesta circulação, as três peças passarão por: Campo Mourão, Paranavaí, Arapongas, Apucarana, Toledo, Umuarama, Paranaguá, Castro, Irati, União da Vitória, Pato Branco, Francisco Beltrão, Pinhais, Campo Largo e Araucária. Este projeto é aprovado no Programa Estadual de fomento e Incentivo à Cultura/ Profice da Secretaria de Estado da Cultura/ Governo do Estado do Paraná com apoio da Copel.

A primeira peça a circular por 7 cidades é Psicose 4h48, último texto da inglesa Sarah Kane que discorre sobre depressão psicótica e sobre o que acontece à mente de uma pessoa quando desaparecem por completo as barreiras que distinguem a realidade das diversas formas de imaginação.  A montagem estreou em 2004 em Curitiba, rendeu a Rosana Stavis o Troféu Gralha Azul de melhor atriz do ano e, desde sua estreia, atingiu mais de 25.000 espectadores.

Sobre Psicose 4h48

Representante da dramaturgia inglesa contemporânea, Sarah Kane tornou-se conhecida pelo modo como a sua carreira começou, com a extraordinária polêmica que provocou sua peça de estréia, Blasted, e pelo modo como terminou: com seu suicídio e a encenação póstuma de sua quinta e última peça, Psicose 4h48.

Durante toda a sua curta vida, Kane foi atormentada por acessos depressivos. A cada nova ocorrência esses acessos foram gradativamente levando-a a um processo de suicídio que teve fim em 1999, aos 28 anos de idade. A experiência desses episódios e os tratamentos médicos a que teve que se submeter formaram a matéria-prima para a construção deste seu último texto.

Discorrendo sobre a doença e suas diversas consequências – em caso extremo, o suicídio – a peça apresenta um texto fragmentado, não linear, permeando entre o dramático, o lírico e o narrativo. “A peça se passa mais na mente da protagonista do que no consultório psiquiátrico que remete a cenografia. E isso influi nessa linguagem de devaneios que buscamos dar à encenação”.

“Psicose 4h48 é um texto que pretende dar forma a algo que não tem forma, que são nossos pensamentos. Tivemos que estruturar a montagem somente na musicalidade e no ritmo das palavras, devido a não existência de trama, enredo, história e outros elementos característicos de uma dramaturgia convencional” – conta Damaceno.

O trabalho foi desenvolvido priorizando o tratamento do texto nas vozes dos atores como forma de não espetacularizar o tema, focando a atenção no texto da Sarah Kane e na atuação da Rosana Stavis, ganhadora do Troféu Gralha Azul por esta atuação e freqüentemente apontada pela crítica especializada e profissionais diversos como uma das melhores atrizes do teatro brasileiro na atualidade.

Serviço

Umuarama
Centro Cultural Vera Schubert
(Avenida Rio Branco, 3633)
05 de junho às 20h e 06 de junho às 16 e às 20h- Entrada franca

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