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MEIO AMBIENTE

Apenas 20% do lixo reciclável é descartado pela população em Umuarama

Resíduos potencialmente recicláveis não são descartados, se perdem no momento da separação ou são contaminados por restos de alimentos

Publicado em 18/01/2018 às 21:48

Coleta seletiva recolheu 1,5 mil toneladas de recicláveis em 2017 (Foto: J. A. Sabino/ Arquivo)

Embora apenas pouco mais de 20% dos materiais recicláveis descartados pela população de Umuarama tenha sido separados e entregues para a coleta seletiva, o trabalho da Cooperativa dos Catadores de Recicláveis de Umuarama (Cooperuma) evitou que mais de 1,5 toneladas de resíduos fossem descartados no Aterro Sanitário Municipal, nos últimos 12 meses.

De acordo com os números da Diretoria de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Agricultura, o maior volume de material reciclado é composto por papel, papelão e similares. Foram recolhidos 594 mil quilos em 2017, numa média de 49,5 mil quilos por mês.

Em seguida aparece o vidro, que somou no ano 360 mil toneladas e logo abaixo compostos plásticos – garrafas pet, sacolas, cristal, pet de óleo, baldes, bacias, entre outros resíduos – com o volume de 294 mil quilos. Além disso, foram recolhidos mensalmente cerca de 200 quilos de cobre, mil quilos de alumínio e 500 quilos de outros metais, peças de informática, celulares e aros, e ainda óleo de cozinha usado.



Parece muito, mas isso é só 20% de todo o material potencialmente reciclável que é descartado pela população. “O restante – quase 80% acaba indo parar no aterro, misturado ao lixo comum. É necessário aumentar a separação e destinar mais resíduos recicláveis para a coleta seletiva, que é feita semanalmente em todo – incluindo distritos, estradas rurais e a Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Piava”, explica Valério Silva, que acompanha as atividades da cooperativa.

Dentro do volume recolhido, ainda existe 30% de perdas, que são consideradas rejeitos – material contaminado com restos de alimentos, em geral. “A média diária é de 12 toneladas de recicláveis recolhidos, dos quais aproveitamos cerca de 8,5 toneladas/dia. O restante é descartado no aterro, com o lixo comum”, acrescenta o servidor.


O diretor de Meio Ambiente do município, Matheus Michelan Batista, orienta que é preciso aumentar a separação de recicláveis do lixo comum. “Existe um trabalho neste sentido com educação ambiental, palestras e visitas de estudantes ao aterro sanitário e à cooperativa, que garante o sustento de 25 famílias através da reciclagem. Mas a conscientização precisa partir da população, para separar mais recicláveis e aliviar a pressão sobre o aterro sanitário”, completou.


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