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Crueldade

Égua em estado de abandono agoniza até a morte em Campo Mourão

A égua deu cria recentemente, mas o potrinho nasceu morto, provavelmente devido à falta de cuidado com o animal

Publicado em 08/01/2019 às 07:22

Um médico veterinário esteve no local, mas não conseguiu salvar o bicho, que morreu por eutanásia (Foto: Tribuna do Interior)

Uma égua de aproximadamente 8 anos agonizou até a morte na tarde dessa segunda-feira (7) no jardim Lar Paraná, em Campo Mourão. O animal foi encontrado caído por moradores na rua Valparaiso, esquina com a rua Nossa Senhora Aparecida, que denunciaram o caso à Associação Protetora dos Animais Independentes (PAIS). 

A vereadora Elvira Schen, uma das coordenadoras da PAIS, que esteve no local, informou que a égua se debatia bastante tentando se levantar, mas não conseguia porque estava muito fraca. O animal estava extremamente fraco, em estado de abandono embaixo da chuva e com maus tratos aparentes.

Elvira explicou que um médico veterinário esteve no local, mas não conseguiu salvar o bicho, que morreu por eutanásia. “A égua estava extremamente magra, e com excesso de carrapatos, infelizmente não tinha mais o que fazer, quando chegamos ao local já estava agonizando. Provavelmente morreu de doença de carrapatos, foi uma falta de zelo extrema com o animal”, lamentou Elvira. As orelhas do animal estavam fechadas de carrapatos. Uma situação chocante. A égua deu cria recentemente, mas o potrinho nasceu morto, provavelmente devido à falta de cuidado com o animal, que não apresentava qualquer condição de gestação.

A vereadora informou que o animal pertencia a um idoso que reside no Lar Paraná, o proprietário mora na rua Bela Vista. Ela disse que ele possui cerca de oito animais, mas que os bichos ficam espalhados em terrenos vazios e alguns até soltos, oferecendo riscos de acidentes. Ontem a Polícia Ambiental foi acionada, mas como estava em outro município atendendo uma ocorrência não compareceu ao local. 

Nesta terça-feira (8), os policiais juntamente com fiscais da Adapar retornarão ao endereço para verificar a situação dos outros animais. Elvira comentou que irá solicitar o recolhimento dos equinos do local. “É um caso muito sério. Este senhor não tem nenhuma condição de manter estes animais. É uma situação que já causou muitos problemas e oferece ainda risco de saúde à população, já que o cavalo tem um carrapato que pode transmitir a febre maculosa para humanos”, alertou Elvira. 

Ela disse que o próprio dono dos animais informou que utiliza os bichos para cavalgadas. “Não somos contra cavalgadas ou pessoas que utilizam cavalos para puxar carroças, mas tem que ter o mínimo de cuidado com o animal, como alimentação saudável e vacinas”, ressaltou. “Se a pessoa não tem condição de ter um animal não adianta pegar para criar que não vai conseguir cuidar”, emendou.

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