A Secretaria Municipal de Saúde reforçou as medidas de enfrentamento à infestação de mosquitos registrada nas últimas semanas na Zona 1, entre o Corpo de Bombeiros e a Escola Adventista. A fiscalização foi intensificada e os proprietários de dois imóveis da região foram notificados a tomar providências, devido à existência de vários focos com larvas, indicando a reprodução de mosquitos.
A diretora da Vigilância em Saúde, Sandra Pinheiro, tem acompanhado de perto a situação. “Nossas equipes de agentes de combate a endemias realizaram vistorias nos imóveis próximos, tanto presencialmente quanto por meio de drone. As árvores da redondeza tiveram os ocos e frestas preenchidos com o plantio de orquídeas e os agentes aplicaram inseticida nos focos que não puderam ser eliminados de imediato”, explicou.
Todas as ações possíveis estão sendo feitas, segundo a diretora. Ela informou também que os principais focos foram localizados na parte superior do prédio da Previdência Social. A administração local já identificou a origem do acúmulo de água e anunciou estar tomando providências. “Uma nova vistoria será realizada em breve para verificarmos as medidas adotadas e definirmos os próximos procedimentos”, disse Sandra.
Por enquanto não foi registrado nenhum caso de dengue naquela região, mas isso não é motivo para descuido. “Enfrentar a dengue e combater o mosquito é um dever de todos. Estamos atentos ao problema e também às infestações em outras regiões da cidade. Quando são identificados focos do mosquito transmissor os responsáveis pelos imóveis são notificados e orientados. Mas a população também precisa colaborar, mantendo seus quintais limpos e livres de materiais que possam acumular água”, alertou o secretário da Saúde, Herison Cleik da Silva Lima.
O calor e a grande quantidade de chuvas são propícios à reprodução do mosquito e uma infestação aumenta significativamente o risco de contágio da dengue, da chikungunya e do zica vírus. “Temos um caso de chikungunya confirmado e na última semana tivemos um número mais expressivo de casos de dengue. Por isso devem redobrar os cuidados”, orientou.
Boletim semanal
Onze novos casos de dengue foram registrados em Umuarama na última semana, conforme boletim do Serviço de Vigilância em Saúde Ambiental divulgado nesta segunda-feira (6). Foi um dos maiores números semanais registrados desde o início do atual ano epidemiológico, em agosto de 2022.
Com um total de 103 casos acumulados no período, o aumento na infestação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, elevou o nível de alerta nas últimas semanas. Umuarama tem hoje oito unidades de saúde em situação de alerta, devido ao alto número de casos – jardins Cruzeiro, São Cristóvão e Panorama, Parque Vitória Régia, conjuntos habitacionais Sonho Meu e Ouro Branco, Posto de Saúde Central e Centro de Saúde Escola (região central).
A dengue já foi registrada em 58 localidades do município (incluindo os distritos de Serra dos Dourados, Lovat e Roberto Silveira. Além dos casos confirmados, há ainda 60 suspeitas em investigação e 945 exames tiveram resultado negativo, dentre as 1.109 notificações registradas desde agosto do ano passado. Além de um caso confirmado de chikungunya, outro caso suspeito permanece em investigação.
Com 10 casos positivos de dengue, as unidades de saúde Ouro Branco, Jardim e Vitória Régia lideram as estatísticas da doença em Umuarama, seguidas de perto pelo Jardim Panorama e Centro de Saúde Escola (oito cada).
