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Fóssil de espécie inédita de dinossauro é descoberto em Cruzeiro do Oeste

Detalhes sobre o fóssil de dinossauro inédito encontrado em um sítio paleontológico do município foi divulgado nesta quarta-feira (26)

Publicado em 25/06/2019 às 22:04
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Cruzeiro do Oeste já se destacou em 2014 quando foram encontrados no município fósseis de pterossauros (Foto: Ilustrativa)

Pesquisadores anunciam nesta quarta-feira (26), em Maringá, detalhes sobre um fóssil de um dinossauro inédito em um sítio paleontológico em Cruzeiro do Oeste, a 28 quilômetros de Umuarama. A descoberta é fruto do trabalho de funcionários do Museu Paleontológico de Cruzeiro do Oeste e de pesquisadores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) e da USP (Universidade de São Paulo).

De acordo com a diretora do Museu, Neurides Martins, os estudos, iniciados em 2014, são de grande importância para a ciência mundial, pois trata-se de uma espécie única da família dos dinossauros. “Só podemos adiantar que o dinossauro de Cruzeiro do Oeste é único no mundo e que sua descoberta acrescenta muito sobre a vida na pré-história no nosso planeta”, afirmou à rádio CBN de Maringá.

Com cerca de 21 mil habitantes, a cidade de Cruzeiro do Oeste ficou conhecida em 2014, quando 47 fósseis foram encontrados. À época, o então diretor do Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Alexander Kellner, liderou a equipe que escavou e encontrou o material fossilizado e chancelou a importância do feito por conta do ineditismo.

A conclusão foi de que tratavam-se de fósseis de antigos habitantes voadores que viveram na Era Mesozoica (entre 225 milhões e 65 milhões de anos atrás): os pterossauros. Batizados de Caiuajara dobruskii, a estimativa é de tenham habitado a região há cerca de 80 milhões de anos. As descobertas repercutiram em veículos de comunicação de relevância internacional, como a BBC (British Broadcasting Corporation).

Entretanto, esta verdadeira “jornada” através do tempo teve início mesmo em 1970, quando o agricultor Alexandre Gustavo Dobruski e o filho, João Gustavo Dobruski, encontraram os fósseis de dinossauros. Ao relatarem o que haviam encontrado, receberam de muitos moradores o desdém, e as suspeitas, tratadas até como motivo de piada, ficaram em silêncio até 2015.

Foi neste ano que a revelação da descoberta de uma nova espécie de lagarto fóssil a partir de uma fragmento de mandíbula de 1,8 centímetro foi publicada na revista científica "Nature Communications". Batizada de Gueragama sulamericana, a descoberta nasceu do trabalho de pesquisadores do Cenpaleo (Centro de Paleontologia), da Universidade do Contestado (SC) em parceria com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de Alberta, no Canadá.

O pterossauros habitaram o planeta no período geológico do Cretáceo e foram os primeiros animais vertebrados a desenvolverem a capacidade de voar com o bater das asas. O primeiro pterossauro foi descrito em 1784 e, até os dias de hoje, mais de 200 espécies com tamanhos que variam de alguns centímetros até 12 metros de envergadura foram catalogadas. No entanto, foi apenas em 2004 que os primeiros três ovos foram encontrados, dois na China e um na Argentina. Em seguida, em 2014, outros cinco foram encontrados no deserto de Hami, também na China.

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