Portal da Cidade Umuarama

Crime brutal

'Não temos dúvidas sobre a autoria', diz delegado sobre o triplo homicídio

Após a defesa de Jean Michel alegar que a conclusão do inquérito foi precipitada, o delegado Gabriel Menezes concedeu uma entrevista sobre o caso

Publicado em 12/08/2022 às 15:30
Atualizado em

O delegado Gabriel Menezes disse que não há dúvidas sobre a autoria do triplo homicídio (Foto: Portal da Cidade Umuarama/Eduardo Sebim)

Após os advogados de defesa de Jean Michel alegarem que a conclusão do inquérito policial sobre o triplo homicídio foi precipitada, o delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, Gabriel Menezes, concedeu uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (12) sobre o crime, que aconteceu no dia 9 de agosto de 2021, em um sobrado localizado na Avenida São Paulo.

Na época, Helena Marra, Antônio Soares dos Santos e Jaqueline Soares foram encontrados mortos dentro da própria casa. Helena e Antônio eram pais de Jaqueline. O casal foi localizado na sala da residência e Helena encontrada dentro da banheira, no andar de cima. De acordo com Polícia Civil, os pais de Jaqueline receberam um golpe de faca cada, enquanto Jaqueline foi golpeada várias vezes. O delegado Gabriel Menezes disse que não há dúvidas sobre a autoria do triplo homicídio. Jean Michel matou a esposa e os sogros.

Investigação

De acordo com o delegado, Jean Michel se manteve frio durante todos os momentos. “A frieza foi demonstrada também quando Jean saiu para trabalhar normalmente após matar a própria esposa e os sogros”, afirma Menezes. Durante os depoimentos na delegacia, Jean se manteve em silêncio.

Segundo as investigações, não há dúvidas de que Jean premeditou o crime e quis esconder vestígios. Os resultados da perícia afirmaram que o autor teria limpado a cena do crime e também seu veículo, utilizado no dia do triplo homicídio. Contudo, Jean conseguiu apenas eliminar parte dos vestígios.

As investigações concluíram ainda que a relação de Jean com a esposa e sua família era conturbada. Segundo o delegado, o sogro, Antônio, queria contratar um detetive para seguir os passos de Jean devido às suas atitudes. Quatro meses antes do crime, a sogra, Helena, havia encaminhado uma mensagem para a filha relatando estar com medo de Jean.

Uma testemunha, que era ex-namorada de Jean, relatou à Polícia Civil que o comportamento dele era extremamente agressivo e que já havia sido agredida pelo Jean com um tapa no rosto.

Ao contrário do que alega a defesa de Jean Michel, o par de chinelos localizado na cena do crime pertencia a ele e o laudo pericial comprova isso. A Polícia Civil também afirma que quem aparecia nas imagens jogando os celulares de Helena e Antônio em um bueiro na Rua Florai era Jean Michel. Câmeras de segurança mostram que Jean passa no local com o seu veículo, desce e joga os objetos. Apenas o aparelho de Jaqueline foi apreendido dentro do sobrado da família.

Prisão

Jean foi preso em flagrante na noite do dia do crime, 9 de agosto de 2021, e permanece detido no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ele alega ser inocente. A defesa de Jean deve preparar um recurso para que ele aguarde o julgamento em liberdade.

De acordo com o delegado Gabriel Menezes, a Polícia Civil não criou uma imagem de ódio contra Jean Michel, apenas relatou os fatos. “O que aconteceu foi um triplo homicídio: três pessoas da mesma família foram mortas, isso choca naturalmente. Não houve discurso de ódio contra ele, se surgiu um ódio social contra o Jean, isso é resultado de sua conduta”, disse o delegado.

Fonte:

Deixe seu comentário