A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
investiga o desaparecimento do corpo de uma criança de apenas um ano de idade
do Cemitério Municipal do Boqueirão, em Curitiba. Valentina de Fátima Vieira
morreu em um atendimento médico na Unidade de Pronto-Atendimento do Boqueirão,
na última quarta-feira (20) e foi sepultada nesta quinta-feira (21).
Nesta sexta-feira (22), familiares da criança receberam
a ligação da administração do cemitério informando que o corpo da menina foi
retirado do local. Adriane Cristiane de Souza, tia da menina, contou à reportagem, que uma testemunha teria visto um homem saindo do local. “Ele
presta serviço como pedreiro lá e contou que viu um senhor de 60 a 70 anos
saindo com algum branco nas mãos. O caixão dela era branco”, afirmou.
O caso teria acontecido no final da manhã desta sexta.
“A administração ligou para a Guarda Municipal avisando que o corpo dela tinha
desaparecido aí os guardas acionaram a delegacia que foi até lá para iniciar as
investigações, só que nós só fomos avisados às 15h30”, relatou Adriane.
A criança teria morrido por uma complicação de gripe
(H2N3), mas a família ainda tem dúvidas do que realmente aconteceu.
O delegado da DHPP, Luiz Alberto Cartaxo, afirmou que a suspeita é que seja um caso de necrofilia.
O caso
Na tarde de terça-feira (19), Valentina deu entrada na
UPA Boqueirão com uma febre de 39,5° e foi diagnosticada com sintomas de gripe,
onde a médica do plantão receitou um remédio para febre e orientou uma
inalação.
Na quarta-feira (20), sem febre, a menina piorou e a mãe
a levou novamente para a UPA, onde foi informada de que ela tinha gripe
influenza H2N3 e aí o SAMU foi acionado, mas ficou durante uma hora tentando
reanimar a criança que não resistiu e morreu ainda na Unidade de Pronto
Atendimento.
“Nós não sabemos a causa morte, pois o IML nos relatou que
a UPA fez os procedimentos errados de informação e ainda não sabemos o que
realmente aconteceu, mas agora só queremos encontrar o corpo dela”, afirmou a
tia da criança.
Em nota, a
Prefeitura de Curitiba informou que “a Guarda Municipal atendeu o caso, que foi
repassado para investigação da Polícia Civil”.