O libanês Assad Ahmad Barakat, acusado de ser um dos líderes
do grupo extremista Hezbollah, foi preso na manhã desta sexta-feira (21), em
Foz do Iguaçu. A informação foi confirmada pelo Núcleo de Inteligência da
Polícia Federal.
O suspeito foi preso com um mandado autorizado pelo ministro
Marco Aurélio Mello. As informações ainda são prévias, já que o caso está sendo
investigado diretamente pela Divisão de Inteligência (DIP), em Brasília.
Conforme informações do portal “O Globo”, o terrorista deve ser extradito para
o Paraguai, onde tem prisão preventiva decretado.
Histórico
Assad Ahmad Barakat, de 51 anos, nasceu no Líbano, mas foi
registrado como cidadão paraguaio em 1989. Em agosto desse ano, ele foi
incriminado novamente pelo governo paraguaio, suspeito de operar
financeiramente o grupo terrorista na Tríplice Fronteira.
Hezbollah é um grupo extremista libanês, que também funciona
como um partido político no país. Os membros da organização seguem a doutrina
islâmica xiita, com princípios machistas, homofóbicos e armamentistas.
Atualização
De acordo com a Polícia Federal (PF), a prisão de Assad foi
autorizada pelo Suprimo Tribunal Federal, na quarta-feira (19). Ele também é
acusado pela Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina, por ter
comprado R$ 10 milhões em produtos sem declarar os valores, em um cassino.
A manobra teria sido feita como lavagem de dinheiro da
organização. Em 2003, Assad foi extraditado para o Paraguai, onde foi condenado
a seis anos de prisão.
Três anos depois, ele foi incluído na lista do Departamento
do Tesouro dos EUA, com os nomes de indivíduos que financiam o Hezbollah na
região da Tríplice Fronteira.