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Vigilância em Saúde indica medidas de prevenção a doenças infectocontagiosas

Publicado em 20/05/2017 às 07:25

Umuarama - A população precisa ficar atenta aos sinais e sintomas de doenças infectocontagiosas, como a meningite e a gripe. Hábitos saudáveis, boas condições de higiene e outras medidas de controle e prevenção, tais como quimioprofilaxia e vacinas, ajudam a evitar a transmissão dessas doenças, mas é importante ficar alerta: diante de qualquer sinal, a pessoa deve imediatamente procurar o serviço de saúde.

“A divulgação de informações corretas é fundamental para controlar a ansiedade que ocorre naturalmente, diante das notícias de casos confirmados, e também para evitar o pânico. Com a população bem orientada sobre os cuidados, podemos evitar a disseminação das doenças e manter a tranquilidade”, comentou a enfermeira Andréia Balan, da Vigilância Epidemiológica da Covisa – Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Umuarama.

A enfermeira lembra que dias frios, clima úmido e mudanças bruscas de temperatura ajudam a elevar a incidência de doenças no inverno. A procura por ambientes fechados para fugir do vento gelado é unânime e a concentração de pessoas em locais com pouca ventilação favorece a proliferação de doenças infectocontagiosas. Portanto, é importante conhecer as características de cada uma e as recomendações para a prevenção.

Influenza

É uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. Um indivíduo pode contraí-la várias vezes ao longo da vida. Em geral tem evolução autolimitada, mas pode apresentar-se de forma grave. A transmissão direta (pessoa a pessoa) é a mais comum e ocorre por meio de gotículas, expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus influenza, ao falar, espirrar e tossir. Pode ocorrer transmissão pelo ar (inalação de partículas residuais, levadas a distâncias maiores que 1 metro).

Meningite

Processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, causado por fungos, parasitas, vírus e bactérias. A transmissão, em geral, ocorre de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. A quimioprofilaxia está indicada somente para os contatos próximos de casos suspeitos de meningite por H. influenzae e doença meningocócica.

Muito embora não assegure efeito protetor absoluto e prolongado, a quimioprofilaxia tem sido adotada como uma medida na prevenção de casos secundários. O risco de doença entre os contatos próximos é maior durante os primeiros dias após o início da doença.

“Contatos próximos são moradores do mesmo domicílio (familiares, como pai – mãe, irmãos), indivíduos que compartilham o mesmo dormitório (em alojamentos, quartéis, entre outros), comunicantes de creches (alunos da mesma sala) e escolas (sentam na frente e ao lado) e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente (profissionais de saúde).” Guia de Vigilância em Saúde, 2016

Medidas de prevenção e controle

  • Manter o ambiente ventilado, abrindo janelas e portas.

  • Evitar aglomerações e espaços fechados.

  • Higienizar frequentemente as mãos, seja lavando com água corrente e sabão ou com o uso de álcool em gel 70%, principalmente antes de consumir algum alimento ou contato com fômites (maçaneta de porta, corrimão escada botão de elevador, etc) ou após o aperto de mão (cumprimentar).

  • Cobrir a boca ao tossir ou espirrar.

  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar. No caso de não haver água e sabão, usar álcool gel.

  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.

  • Não compartilhar objetos de uso pessoal com outras pessoas, como talheres, pratos, copos ou garrafas.

Vacinação

Algumas doenças são imunopreveníveis, por isso é importante a atualização da caderneta de vacinação. Porém, a vacinação não é a única forma de prevenir as doenças. Medidas básicas de higiene contribuem diretamente para a redução do contágio.

Está disponível no Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização a vacina conjugada contra o meningococo do sorogrupo C, para crianças de até 4 anos 11 meses e 29 dias e adolescentes de 12 e 13 anos.

A vacinação de bloqueio é indicada nas situações em que haja a caracterização de um surto de doença meningocócica para o qual seja conhecido o sorogrupo responsável por meio de confirmação laboratorial específica (cultura e/ou PCR) e haja vacina eficaz disponível. A vacinação somente será utilizada a partir de decisão conjunta das três esferas de gestão.

Recomendções para as escolas e creches

Não está indicada a suspensão de aulas e outras atividades para controle de doenças como medida de prevenção e controle de infecção. Tal decisão cabe à Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e ao Ministério da Saúde. “Recomenda-se que a instituição de ensino tenha rotinas de limpeza do espaço físico e ambiente, independente dos fatores de risco ou doenças”, acrescenta Andréia Balan.

Medidas de limpeza que devem constar na rotina diária da instituição

  • Remoção das sujeiras com água e sabão ou detergente.

  • Limpeza com solução de hipoclorito de sódio em pisos e superfícies dos banheiros.

  • Fricção de outras superfícies e objetos com álcool 70%.

  • Manter disponível álcool gel a 70% para higienização das mãos.

Mais informações pode ser obtidas no Guia de Vigilância em Saúde, 2016

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