Portal da Cidade Teste

Inclusão

UEM irá formar primeira mestre travesti nesta sexta-feira

Tese discute o apagamento e a inacessibilidade de pessoas trans nos territórios formais da educação

Publicado em 20/03/2019 às 01:16
Atualizado em

Lua Lamberti de Abreu será a primeira travesti a concluir um curso de mestrado na UEM (Foto: ASC/UEM)

O Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), agendou para esta sexta-feira (22), a defesa da dissertação de Lua Lamberti de Abreu, que será a primeira travesti a concluir um curso de mestrado na UEM. A apresentação do trabalho terá início às 14 horas na Oficina de Teatro.

Sob orientação da professora Eliane Maio e co-orientação da professora Roberta Stubs Parpinelli, Lua defenderá o trabalho intitulado Pe-Drag-Ogia como modo de Tensionar/Inventar Territórios Educacionais Heterotópicos que, em síntese, discute o apagamento e a inacessibilidade de pessoas trans nos territórios formais da educação.

Lua desenhou um mapa de referências, sejam elas artísticas, midiáticas, literárias, científicas ou acadêmicas, problematizando as funções e relações da artista transformista, em vias de nomear um movimento pedagógico, que resiste e subverte espaços formais excludentes e ao mesmo tempo seja capaz de positivar  experiências marginais, portanto, um movimento de Pe-drag-ogia.

Vale destacar que a mestranda utiliza-se do recurso metodológico da autoficção, pelo qual há um diálogo entre autora e sua persona Drag, deslocando as noções de educação por um eixo ético-estético-político de ser e estar no mundo, pensando a partir de territórios educacionais  que possam ser mais receptivos e potentes para pessoas que não são bem-vindas aos meios hegemônicos.

Fonte:

Deixe seu comentário