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Professor da Unipar escreve livro abordando as utilidades da geometria

Publicado em 18/09/2017 às 08:26

Umuarama – Passam gerações e gerações de alunos e professores e as estratégias de ensino são renovadas. Até a própria matemática se apresenta vestida por uma moderna linguagem. No entanto, uma pergunta não quer calar e persiste: para que serve isto? O questionamento está no primeiro parágrafo do prefácio do livro ‘As Maravilhosas Utilidades da Geometria – da Pré-história à Era Espacial’, escrito pelo professor Adalberto Ramón Valderrama Gerbasi, que há 27 anos leciona a disciplina de Matemática na Universidade Paranaense, em Umuarama.

A obra, que saiu pela editora PUCPRESS (Curitiba), será lançada na Unipar nesta semana: na quarta-feira, 20, às 19h, no Câmpus 3; e na sexta (22) no Pátio das Colunas do Câmpus-Sede. “Muitos alunos me perguntam: ‘Para que serve a matemática professor? Onde vou aplicar esse conteúdo?’. E foi respondendo a essas perguntas, com exemplos típicos, que surgiu a ideia de escrever este livro. Ao mesmo tempo é uma oportunidade de deixar o meu legado, de tudo o que aprendi”, afirma Valderrama, que já foi professor de mais de três mil alunos, nessas quase quatro décadas de carreira.

“Hoje, muitos dos meus alunos são filhos dos meus ex-alunos”, observa, todo orgulhoso. Ao falar da importância do tema, ele lembra que a Geometria encontra-se inserida na vida do ser humano desde a pré-história. 

“A observação da natureza, o instinto e o conhecimento fizeram com que o homem, desde seus primórdios, nas épocas das cavernas, concebesse ideias relativas à Geometria, como distância, altura, comprimento, largura, formas e tamanhos. E nesse livro explico a forma geométrica de alguns fenômenos da natureza, como as flores, os planetas, objetos, construções e obras feitas pelo homem no decorrer dos tempos”, informa.

O livro, de 215 páginas, traz gráficos geométricos e textos ilustrativos de grandes obras construídas no Brasil e exterior. A lagoa da Pampulha (Minas Gerais), a Catedral de Brasília, o Santuário Santa Paulina (Santa Catarina), Teatro Guaíra (Paraná), Palácio da Alvorada (Distrito Federal), igreja Sagrada Família (Barcelona) e a Catedral de Notre Dame (Paris) são alguns exemplos. Este é o primeiro livro do professor, que também é pesquisador na Universidade Paranaense. Segundo ele, foram seis anos de pesquisa para concluir a obra, na qual faz também uma interligação da geometria com as áreas da engenharia, a biologia, computação, física, arquitetura, engenharia elétrica, entre outras. “Nele também descrevo as aplicações da geometria nas mais diversas civilizações, como a da Suméria, que desenvolveu a escrita cuneiforme, a da Mesopotâmia, que criou o sistema de numeração posicional, e a do Egito, que se destacou com a construção de grandes pirâmides”.

Currículo Profissional

Nascido na Venezuela, Adalberto Ramón Valderrama Gerbasi, 65 anos, veio para o Brasil em 1977, para fazer a faculdade de Matemática da UEM (Universidade Estadual de Maringá). Depois de formado (e casado com uma brasileira), regressou para o seu país de origem, onde exerceu a docência por quase dois anos.

Após esse período, voltou para o Brasil, fixando residência em Umuarama, onde lecionou por muitos anos no ensino médio e, em 1990, passou a integrar o corpo docente da Fafiu (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Umuarama), que anos mais tarde se transformou na Universidade Paranaense. 

Com diversos artigos científicos publicados, Valderrama é especialista em Estatística Aplicada, pela UEM, e mestre e doutor em Inovação Educativa, pela Universidade de Barcelona e Universidade Federal da Bahia.

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