O prefeito Celso Pozzobom uniu diversas lideranças na
manhã de sexta-feira (12), na sala de reuniões do Gabinete, para discutir a
situação dos indígenas e andarilhos que vivem em torno da estação rodoviária
municipal, na Praça da Bíblia e no Terminal Rodoviário Urbano. Representantes
das secretarias de Assistência Social, Saúde e Fazenda, polícias Civil e Militar,
Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Umutrans, Ministério Público, Conselho
Municipal de Segurança, Conselho Tutelar e outras entidades que acompanham a
população de rua discutiram alternativas para enfrentar a situação, que tem
causado transtornos à população.
De acordo com a avaliação do prefeito, a ocupação de
locais públicos por indígenas e andarilhos, principalmente, está fugindo ao
controle do município. “Temos recebido muitas reclamações, embora as queixas
venham das mesmas pessoas que dão esmola e acabam sustentando a permanência das
pessoas nesta situação. Mesmo assim, não podemos deixar isso virar lugar-comum
em nossa cidade. Precisamos buscar soluções. A situação é bem precária na praça
e no terminal”, avaliou Pozzobom.
O acompanhamento mais próximo, realizado no início do ano
passado, deu resultado. Mesmo assim, essa população vem aumentando a cada dia,
com a chegada de andarilhos de outras cidades e regiões. Segundo a Secretaria
Municipal de Assistência Social, Umuarama conta com cerca de 60 pessoas com
família na cidade vivendo nas ruas. “Esse número triplica quando somamos
moradores de outras regiões que vem mendigar aqui, aproveitando o bom coração
do povo umuaramense e o acolhimento oferecido pelas instituições públicas e
filantrópicas”, reforçou o prefeito.
Na questão indígena, o promotor Marcos Antônio de Souza
propôs aprofundar as discussões com a presença de representantes da Funai e
caciques das tribos que enviam índios para vender artesanato em Umuarama, visto
que muitos aproveitar a ocasião para pedir esmolas em semáforos e
supermercados, utilizando inclusive as crianças. O delegado Fernando Hernandes
Martins explicou que sem a presença da Funai a polícia também fica de mãos
atadas, posição compartilhada pelo coronel Agnaldo Letrinta, comandante do 25º
Batalhão da Polícia Militar. O inspetor Thiago Mota Neri, da Guarda Municipal,
lembrou que cabe à Polícia Federal atuar na questão indígena, portanto deve ter
representante nas próximas discussões.
AÇÕES
Algumas intervenções foram definidas e serão comunicadas
em momento apropriado. Na tarde desta sexta, a primeira delas já foi realizada
– uma Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) – em bares e
estabelecimentos comerciais no entorno da Estação Rodoviária, principalmente
que comercializam bebidas alcoólicas. “Queremos inibir a venda para os
indígenas e andarilhos. Existe uma lei que proíbe o comércio de bebidas na
rodoviária e ela deverá ser cumprida”, reforçou o prefeito Pozzobom.
A reunião teve a presença, ainda, da secretária municipal
da Saúde, Cecília Cividini, do chefe da Coordenadoria de Vigilância em Saúde
(Covisa), Flávio Posseti, a equipe do Centro Pop, o presidente do Conselho de
Segurança, Elizeu Vital Silva, e a diretora de Arrecadação e Fiscalização,
Gislaine Alves Vieira, entre outras lideranças.