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Saúde

Umuarama é a cidade do Noroeste que atingiu maior cobertura vacinal contra pólio

Erradicada no Brasil desde 1994, a poliomielite – ou paralisia infantil – é uma doença grave e não tem cura, porém é completamente evitável caso as criança

Publicado em 03/10/2022 às 17:45

O envolvimento e a determinação de todas as equipes para atingir o objetivo de vacinar ao menos 5.326 crianças foi grande (Foto: Assessoria)

Das quatro principais cidades da região Noroeste do Paraná, Umuarama é a que conseguiu atingir a maior taxa de cobertura vacinal contra a poliomielite, conforme dados registrados pelo Ministério da Saúde: 85% do público-alvo de 5.607 crianças recebeu a dose de reforço indicada pela Campanha Nacional de Vacinação iniciada em 8 de agosto. Isso significa que 4.770 crianças com idade entre um e menores de cinco anos foram imunizadas.

Cianorte atingiu 61,15%, Campo Mourão 71,33% e Paranavaí 83,83% – os dados podem ser acessados no site do Ministério da Saúde, neste endereço eletrônico. O secretário municipal de Saúde, Herison Cleik da Silva Lima, relata que a marca de 85% é muito importante, porém o desejo de todos os profissionais da pasta era que fosse atingida a taxa recomendada tanto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que é de 95%.

O envolvimento e a determinação de todas as equipes para atingir o objetivo de vacinar ao menos 5.326 crianças foi grande e, segundo o secretário, merece todo reconhecimento. “Mas infelizmente muitos pais não compareceram aos chamados e 550 delas não compareceram às unidades de saúde, nem a outras campanhas realizadas em escolas, praças, eventos e até no shopping”, comenta, observando ainda que dos três estados do Sul, o Paraná foi o que menos vacinou, de acordo com o mesmo levantamento: 55,07%, enquanto o Rio Grande do Sul atingiu 57,28% e Santa Catarina 62,97%.

Erradicada no Brasil desde 1994, a poliomielite – ou paralisia infantil – é uma doença grave e não tem cura, porém é completamente evitável caso as crianças sejam imunizadas com ao menos duas doses: uma aos 15 meses e outra com quatro anos. “É preciso deixar claro aos pais e responsáveis que a vacina contra a poliomielite faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ou seja, todas as doses necessárias são disponibilizadas o ano inteiro na rede de Atenção Primária à Saúde. A Campanha Nacional de Vacinação, que levava a dose de reforço, foi encerrada no dia 30, mas as doses normais estarão sempre disponíveis nas unidades de saúde”, garante a enfermeira Lilia Simeire Silva Hidalgo, coordenadora da divisão de Imunizações da Secretaria de Saúde de Umuarama.

Ela conta ainda que algumas doenças estão eliminadas devido à vacinação, mas a ocorrência de baixas coberturas vacinais é um risco muito grande de haver uma reintrodução, como tem havido nos Estados Unidos, que até decretaram estado de alerta. “O Brasil já eliminou cinco doenças com a imunização: poliomielite, síndrome da rubéola congênita, rubéola, tétano materno e neonatal e a varíola”, indica Lília.

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