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Vigilância em Saúde

Três bairros estão em estado de alerta total para a dengue em Umuarama

Índice de Infestação Predial nesses bairros está acima de 7 e recomendação da OMS é para que seja menor que 1

Publicado em 21/03/2023 às 17:32
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Outros quatro bairros estão classificados como de alto risco de infestação predial do mosquito, com índice acima de 4% (Foto: Assessoria)

O verão 2022/2023 foi um dos mais chuvosos dos últimos tempos, fator que contribui para aumentar os locais com focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus. E, de acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) feito pela Vigilância em Saúde Ambiental de Umuarama, indica que sete bairros estão classificados como de alto risco de infestação predial do mosquito, com índice acima de 4%. E Panorama, Sonho Meu e Jardim Lisboa estão em estado de alerta total para a dengue.

De acordo com Organização Mundial de Saúde, o ideal é que, quando não se consegue um zero, que o índice seja ao menos inferior a 1%, indicando baixo risco de infestação. “Quando temos índices entre 1% e 3,9%, o risco de infestação é considerado médio. Porém, acima de 4% já estaremos em alto risco. E as Unidades Básicas de Saúde (UBS) com os maiores índices são Bem-Estar (4,1%), 26 de Junho (4,3%), Jabuticabeiras (5,3%), 1° de Maio (6%), Panorama (7%), Sonho Meu (8,2%) e Jardim Lisboa (9,8%). São números preocupantes”, indica Renata Luzia Ferreira, coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Umuarama.

Mais preocupante ainda, segundo Renata, é a situação específica da Praça Portugal, que atingiu 20 pontos – ou seja, em cada 100 casas visitadas, em ao menos 20 existiam focos do Aedes aegypti. “Outras localidades em que todos devem ficar em alerta total é a região do Colégio Souza Naves, com nota 16, o Verde Vale, o Sonho Meu e o Independência, com nota 12, a Zona II, com nota 11,5, o Parque Cidade Jardim, com nota 11,4, o Jabuticabeiras, com nota 11,1, e o Parque Bandeirantes, com nota 10. Todos devem se envolver na luta porque a dengue é uma doença que pode inclusive levar à morte”, alerta.

Ela conta que 13 regiões estão com índice entre 1% e 7% e 26 conseguiram ficar com o índice zero, como as regiões da Igreja São Paulo, Zona III, Dom Pedro, Colibri, Córrego Longe, Arco-Íris, Xetás, Catedral, Metropolitano e Rodoviária, entre outros (veja tabela nesta página). “O Sistema LIRAa auxilia nas análises entomológicas (identificação de uma praga a fim de eliminá-la) e fornece informações sobre índices de infestação predial, desta forma desenvolvemos um trabalho com diversas ações para controle de vetor”, relata.

Renata ressalta, porém, que não basta o trabalho dos agentes de endemias, as visitas constantes, as fiscalizações, os fumacês, os tratamentos com larvicida e outras operações para eliminar possíveis focos do mosquito se a população não fizer a parte que compete a ela. “A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) visitou 52,5 mil imóveis de Umuarama entre janeiro e fevereiro, onde identificaram 3.568 depósitos com potencial de fatores à reprodução do mosquito e eliminaram pouco mais de 48 mil focos”, aponta.

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