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Consultas

Tempo de espera por consultas diminui, mas as faltas aumentam em Umuarama

Em torno de 25% das consultas estão sendo perdidas porque os pacientes não comparecem no local e horário marcados

Publicado em 16/09/2019 às 05:29
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Na primeira semana de setembro esse volume se repetiu, com 197 faltantes nas 609 consultas autorizadas (Foto: PMU)

Consulta com especialistas sempre foi uma grande dificuldade enfrentada pela população de Umuarama. No entanto, contraditoriamente, apesar de o tempo de espera por consultas especializadas ter reduzido desde 2017, a Secretaria Municipal de Saúde voltou a registrar alto índice de faltas. Levantamento realizado nesta semana pelo setor de Atenção Primária em Saúde apontou que em torno de 25% das consultas estão sendo perdidas porque os pacientes não comparecem no local e horário marcados, nem avisam a secretaria – o que possibilitaria passar a vaga para outra pessoa na fila de espera.

A secretária da Saúde, Cecília Cividini, explica que esse percentual é a média de ausências. “Em algumas especialidades a falta às consultas é ainda maior como, por exemplo, em ortopedia e psiquiatria, onde quase a metade dos pacientes não aparece nas consultas marcadas”, apontou. A neurologia também tem alto índice de faltantes.

A justificativa é de a saúde tinha uma demanda reprimida muito grande. “Havia pacientes há anos aguardando consultas e exames. Mas concentramos esforços, a equipe trabalhou com afinco e tivemos o apoio dos nossos representantes políticos para aumentar a oferta de consultas e diminuir o tempo de espera. Em algumas especialidades nem existe fila, o atendimento é quase imediato”, aponta o prefeito Celso Pozzobom.

Conforme explicou o coordenador da Atenção Primária, Elizeu Ampessan, a falta às consultas marcadas representa prejuízo para o município e para os pacientes que aguardam a consulta na fila de espera. “Se essas ausências fossem informadas com antecedência, poderíamos chamar outros pacientes que aguardam a vez e reduzir ainda mais as filas”, enfatiza.

Da mesma forma, cerca de 20% das pessoas não buscam os laudos dos exames clínicos realizados nos laboratórios conveniados ao município, para dar sequência ao tratamento. “Esse é outro problema sério. O paciente faz a consulta, o médico solicita o exame e depois não recebe o resultado para acompanhar a evolução desse paciente. Mais prejuízo para a saúde pública e também para essa pessoa, que pode não ter a solução para o seu problema”, acrescentou Elizeu.

Em agosto deste ano, a Secretaria da Saúde liberou 3.893 consultas especializadas e 952 pacientes não compareceram para o atendimento, prestado geralmente no Centro de Especialidades Médicas (CEM). Em julho foram liberadas 4.207 consultas e 1.043 pessoas deixaram de ir ao consultório do especialista.

 Na primeira semana de setembro esse volume se repetiu, com 197 faltantes nas 609 consultas autorizadas. “Precisamos nos conscientizar de que isso é um desperdício. Imprevistos podem ocorrer e impedir a presença no dia marcado, mas quando isso acontecer o paciente deve avisar a Secretaria de Saúde pelo menos um dia antes, para que outra pessoa possa ocupar essa vaga”, orientou a secretária Cecília Cividini.


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