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“Polvo Amigo”

Polvo de crochê ajuda na recuperação de bebê e família doa linhas para projeto

O polvo não é apenas um mimo, mas sim, uma medida terapêutica, que facilita o cuidado durante o período de internação dos recém-nascidos

Publicado em 25/02/2021 às 22:43
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A doação do casal e seus amigos será destinado ao projeto Polvinho Amigo Octo Douradina, comandado pela artesã Maria Aparecida dos Santos Oliveira (Foto: Assessoria)

“Ele veio para mudar o mundo, e já nasceu fazendo isso”, disse a mãe do pequeno Vicente Capristano de Souza Paixão, que nasceu dia 8 de janeiro de 2021 e trouxe consigo uma lição de solidariedade e empatia. Foi a partir da experiência que viveram com o filho, que os pais tiveram a iniciativa de organizar uma campanha de doação de novelos de linha para produção de polvos de crochê terapêuticos.

Com apenas dois dias de nascido, o primeiro filho do professor de educação infantil, Milton Capristano de Souza Junior e da gerente comercial, Munique da Silva Paixão, apresentou um quadro de hipoglicemia (glicose abaixo de 40mg/dL) e durante cinco dias ficou internado na UTI Neonatal do hospital Cemil.

Ver o único filho longe do colo materno e do carinho do pai, não foi fácil para o casal que mora em Tapejara, mas uma coisa os consolou: um polvo de crochê. “Vicente segurava aquele polvo com toda sua confiança, era visível que ele se sentia seguro e confortável, e isso nos tranquilizou muito, fez com que todos aqueles dias de espera e angustia ficassem mais leves”, afirmou a mamãe.

A entrega do polvo aos bebês prematuros faz parte do projeto “Polvo Amigo”, realizado há mais de três anos por voluntários que produzem e doam os brinquedos a hospitais como o Cemil, que possuem Unidades de Terapia Intensa Neonatal.

O polvo não é apenas um mimo, mas sim, uma medida terapêutica, que facilita o cuidado durante o período de internação dos pequeninos. “Os tentáculos do polvo lembram o cordão umbilical da mãe, e isso faz com que o bebê se sinta protegido. Além disso, tranquiliza o bebê e diminui as chances de puxar, arrancar sondas e outros equipamentos ligados a incubadora”, explicou a enfermeira coordenadora da UTI Neo, Letícia Pacheco Gobetti, que recebeu a doação do jovem casal.

Gratidão

A ideia de arrecadar novelos de linha veio depois que Vicente recebeu alta. “Nós vimos a importância que tem esse polvo, entendemos o que significa e como os bebês se sentem confortáveis com ele, sentimos na pele a diferença que esses bichinhos fazem para eles e para a gente, por isso, resolvemos começar uma pequena campanha de doação”, contou Munique.

“Divulguei nas minhas redes sociais, mobilizei meus amigos e deixei caixas de arrecadação em alguns pontos do comercio de Tapejara. Em poucos dias, conseguimos a doação de quase 30 novelos, nove polvos prontos e mais seis que ainda serão entregues. Isso é só uma das formas de mostramos nossa gratidão pelo trabalho de toda a equipe do hospital, o cuidado, o carinho que tiveram com o Vicente. Aqui nós pudemos ver que a dedicação é muito mais que 100%, e é uma forma de inspirar mais pessoas, qualquer um pode doar um novelo de linha, e ajudar os bebês”, completou Milton.

A doação do casal e seus amigos será destinado ao projeto Polvinho Amigo Octo Douradina, comandado pela artesã Maria Aparecida dos Santos Oliveira – a Cida, que mora em Vila Formosa, distrito de Douradina. Cerca de 100 polvos serão produzidos com as linhas arrecadadas por eles. Com um novelo podem ser produzidos até 4 polvos de crochê, dependendo do tamanho.

“Essas doações tem um valor enorme para nós, são dezenas de polvos que nós conseguimos dar aos bebês graças aos voluntários. Ações como a dos pais do Vicente, além de ajudarem os nossos pequenos pacientes, inspiram mais pessoas”, afirmou o enfermeiro assistencial Anderson de Veza Ferro.

Doe

Para doar linhas ou polvos prontos, entre em contato com o Hospital Cemil, através do telefone (44) 3621-9200 Lembrando que as linhas precisam ser 100% algodão.

Todos os polvos são esterilizados depois de prontos, e só então são colocados em contato com os bebês.


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