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TRATAMENTO

Palestras alertam população sobre contágio e sintomas da tuberculose

Em Umuarama, 39 casos foram registrados em 2018 e cerca de 70 em 2017

Publicado em 20/03/2019 às 02:39
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Médico orientou usuários do Centro Pop sobre os cuidados a doença (Foto: Pedro Oliveira / PMU )

Em alusão ao Dia Mundial da Tuberculose – 24 de março –, o Ambulatório Municipal de Infectologia da Secretaria Municipal de Saúde programou uma série de palestras para alertar a população sobre os riscos da doença e quais cuidados podem ajudar a evitar o contágio.

Com apoio do médico Celso José Gomes, as orientações foram levadas aos usuários do Centro POP na última segunda-feira, 18, e atendidos pelo Centro de Recuperação Viva com Deus (Crevd) na manhã desta terça, 20. Nesta quinta, 21, a partir das 8h30, é a vez da Apromo e na sexta, 22, da Comunidade Voz dos Pobres, também às 8h30.

No ano passado, o médico disse ter informação sobre a morte de quatro pessoas por tuberculose, duas delas em Umuarama. “Isso não é aceitável porque existe tratamento gratuito e eficiente, desde que seguido à risca. O importante é diagnosticar a doença o quanto antes para iniciar o tratamento, interrompendo o contágio e minimizar os efeitos”, explicou.

Segundo Celso Gomes, a tuberculose é a maior causa de mortes por infecção no mundo, com cerca de 8 milhões de contaminações a cada ano e 1,8 milhão de mortes. “O contágio ocorre pelo ar. O bacilo entra nos pulmões e pode atingir qualquer parte do corpo. Ele sobrevive até 12h no ar. Cerca de 1/3 da população já teve contato com a doença”, apontou.

A tuberculose é muito comum entre presidiários, que vivem confinados em grandes grupos, e também entre moradores de rua e usuários de drogas. No Brasil são registrados cerca de 70 mil casos anuais e 4,5 mil brasileiros acabam morrendo em virtude da doença a cada ano. “Em Umuarama tivemos 39 casos no ano passado e cerca de 70 em 2017, enquanto no paraná são mais de 2 mil casos por ano e quase 200 mortes”, acrescentou a enfermeira Iolanda Tominaga, do Ambulatório de Infectologia.

A tosse persistente, por mais de duas semanas, com ou sem catarro, é um dos principais sintomas para denunciar a doença. O paciente pode apresentar outros sintomas associados, como lesão no pulmão, cansaço, suor noturno, febre baixa, falta de apetite e perda de peso. O contágio costuma acontecer pelo ar, com a disseminação do bacilo por tosse ou espirro. Talheres, toalhas e objetos pessoais não transmitem tuberculose.

“Com duas semanas de tratamento, o paciente já apresenta melhora e deixa de transmitir a doença. Por isso, é muito importante o diagnóstico. Quando uma pessoa se contamina, é comum passar a doença para outros familiares e pessoas de convívio no trabalho, escola e grupos sociais”, alertou a secretária municipal de Saúde, Cecília Cividini.

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