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Conquista

Mortalidade infantil em 2022 em Umuarama foi a menor dos últimos 10 anos

Umuarama conquista pelo segundo ano consecutivo o indicador abaixo de dois dígitos, uma das únicas do Paraná

Publicado em 06/03/2023 às 17:33

A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas (Foto: Reprodução assessoria)

Pelo segundo ano consecutivo Umuarama conquista a honraria de ficar com o indicador de mortalidade infantil abaixo de dois dígitos – em 2023 obteve nota 9.3, ainda menor que os 9.9 de 2022. Além de ser o menor índice dos últimos 10 anos, é um dos menores no Brasil, resultado de um trabalho determinado realizado por uma equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Saúde.

O secretário Herison Cleik Silva Lima observa que atingir a baixa taxa de mortalidade infantil é um dos grandes desafios na saúde pública e também algo que representa um dos principais indicadores na qualidade da assistência à saúde para gestantes, recém-nascidos e crianças. “Temos muito o que comemorar, pois os indicadores obtidos aqui [em Umuarama] evidenciam o bom trabalho realizado por todos os profissionais do setor”, resume.

Ele explica que a taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas. “Diante desse quadro é possível avaliar a qualidade de vida e obter informações sobre a eficácia dos serviços públicos, como saneamento básico, sistema de saúde, disponibilidade de remédios e vacinas, acompanhamento médico, educação, maternidade, alimentação adequada, entre outros. E estamos avançando positivamente em todos esses quesitos (veja tabela completa nesta página)”, indica.

Os números a respeito da mortalidade infantil colocam Umuarama em destaque e faz do município uma referência quando o assunto é a rede materno-infantil. “Para atingirmos esses resultados é necessária uma integração entre gestão pública, profissionais de saúde, população e prestadores de serviços de saúde, formando uma rede de atendimento de referência para saúde materno-infantil, com ações estratégicas para enfrentamento e prevenção do óbito infantil”, analisa, complementando que no Brasil esse índice é de 13,3.

O secretário completa ainda que já são cinco anos de dedicação dos profissionais, por meio de parceria entre unidades de saúde, Centro de Referência Materno Infantil (CRMI), Centro Mãe Paranaense e Programa Nascer em Umuarama, para que esse índice fosse reduzido pela segunda vez a um dígito. “Diferentes ações têm sido realizadas no município, como educação em saúde para todos os médicos e enfermeiros das unidades de saúde que atendem as gestantes e crianças, garantindo práticas e medidas direcionadas à qualificação no atendimento, estabelecimento de referência para realização de pré-natal e puericultura de risco intermediário ou alto no CRMI e CMP, bem como a realização do parto na Maternidade Norospar”, informa.

Ações ativas

Alguns investimentos da administração municipal devem ser destacados para explicar o sucesso na redução da mortalidade infantil, como a mobilização social por meio das campanhas de prevenção do engasgo, realização do concurso de paródias com o tema aleitamento materno, credenciamento de laboratórios de referência para análises clínica e diagnóstico por imagem. “Também vale destacar que ter sido destaque em 2022 no Programa Previne Brasil, ao garantir pelo menos seis consultas pré-natal com detecção precoce da gestação, realização de exames para sífilis e HIV e atendimento odontológico realizado, viabilizando o acesso aos serviços da Atenção Primária com qualidade e resolutividade”, pontua Michelle Siqueira Fazoli, enfermeira coordenadora do CRMI.

Ela ressalta que o Centro é referência quando se fala em atendimentos materno-infantil. “Somos responsáveis por todas as consultas especializadas nas áreas de ginecologia, obstetrícia e pediatria. Contamos com equipe especializada nos atendimentos de pediatria geral, neonatologia, gastropediatria, alergopediatria, nutrição infantil, ginecologia, obstetrícia, mastologia e nutrição infantil e materna, ou seja, um atendimento integral, abrangente, completo”, resume.

As menores taxas de mortalidade infantil são dos países desenvolvidos – Finlândia, Islândia, Japão, Noruega e Suécia (3 mortes a cada mil nascidos). As piores médias são dos países pobres, especialmente das nações africanas e asiáticas. O Afeganistão apresenta a incrível média de 154 óbitos por mil nascidos vivos.

No Brasil, assim como na maioria dos outros países, essa taxa está reduzindo a cada ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a mortalidade infantil no Brasil segue em declínio. Em uma década (1998 – 2010) passou de 33,5 crianças mortas por mil nascidas vivas para 22.


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