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Alerta

Índice de infestação por larvas do mosquito da dengue volta a subir em Umuarama

Percentual do Liraa ficou um pouco acima do nível aceitável de acordo com a Organização Mundial da Saúde

Publicado em 11/11/2019 às 06:34

Na última sexta-feira, os agentes de combate a endemias fizeram um "pente-fino" no cemitério municipal (Foto: Secretaria Municipal de Saúde)

Com a volta dos períodos chuvosos, intercalados com dias de muito sol e calor, o índice de infestação predial (IIP) por larvas do mosquito da dengue voltou a aumentar em Umuarama, de acordo com o sexto Levantamento de Índice Rápido para Infestação por Aedes aegypti (Liraa), divulgado nesta sexta-feira (8) pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).

O percentual apurado em setembro foi 0,5% de ocorrência nos imóveis vistoriados. Nesta semana, o índice aumentou para 1,4%, um pouco acima do nível aceitável de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O que chamou a atenção levantamento atual foi a mudança de perfil dos locais com maior infestação – antes os índices mais elevados eram apurados nos bairros mais afastados do centro, e desta vez foi justamente a região central que apresentou os piores indicadores.

“Tivemos uma inversão de papéis. Depois do trabalho intensificado pelas equipes da Vigilância em Saúde Ambiental nos bairros onde a infestação era maior os índices caíram sensivelmente. Agora, notamos que a população da região central descuidou e passou a liderar a estatística”, informou o coordenador da Vigilância Ambiental, Carlos Roberto da Silva. Muitas larvas do mosquito da dengue foram encontradas em tonéis de armazenamento de água da chuva e pratinhos de plantas, entre outros depósitos.

Neste Liraa, enquanto 42 localidades apresentaram índice zero, as maiores infestações foram encontradas na Zona 2 (15,4%), Parque Tarumã (12,5%), região da Escola Vinícius de Moraes (10,3%), Igreja Catedral (6,9%), Jardins Panorama e Canadá, Parque Cidade Jardim e Zona 3 (entre 4,2% e 5,9%). Outras 11 localidades apresentaram infestação entre 1,3% e 3,4%.

No comparativo por unidade de saúde, os maiores índices se concentraram no Parque Jabuticabeiras (6,9%), Jardim Panorama (4,4%) e Centro de Saúde Escola (3,7%). Oito unidades tiveram percentual abaixo de 1% e nas seis restantes a infestação variou entre 1,3% e 2,2%. a sondagem foi realizada entre os dias 4 e 6 de novembro. “O resultado mostra que qualquer descuido pode elevar os índices e aumentar o risco de disseminação de dengue, zica vírus e febre chykungunia, apesar de todo o trabalho das equipes da Secretaria de Saúde”, apontou a coordenadora da Covisa, Maristela de Azevedo Ribeiro.

Para a secretária da Saúde, Cecília Cividini, o momento é de alerta. “O verão está chegando e teremos mais dias de calor e umidade. Esta época é muito propícia à reprodução do mosquito e não podemos deixar recipientes com água parada, pois não queremos correr o risco de uma epidemia”, avisa.

“Cada um precisa fazer a sua parte mantendo o quintal limpo, livre de recipientes com água, calhas desobstruídas, baldes, bacias e tonéis protegidos, bem como areia nos pratinhos de flores e plantas. A fiscalização está atenta, bem como a educação em saúde, mas todos nós temos responsabilidade na prevenção”, completou a secretária. Na última sexta-feira, os agentes de combate a endemias fizeram um "pente-fino" no cemitério municipal, para eliminar criadouros do mosquito deixados por visitantes após o Dia de Finados.

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