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Gráfico mostra aumento de 850% nos casos de covid-19 em 40 dias em Umuarama

Segundo a Secretaria de Saúde, a faixa de idade com maior número de positivados é a de jovens e adultos até 40 anos

Publicado em 10/07/2020 às 02:37

Clique na imagem para expandir o gráfico e conferir os números de evolução da doença (Foto: Prefeitura Municipal de Umuarama)

A atualização do gráfico de acompanhamento da pandemia de coronavírus em Umuarama mostra uma explosão de casos a partir de 1º de junho, com o crescimento aproximado de 850% em 40 dias. Desde o início da pandemia até aquela data (somando os meses de março, abril e maio), havia apenas 37 casos positivos de covid-19 e uma morte. Nesta sexta-feira (10), Umuarama tem 352 casos confirmados e seis óbitos, conforme o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde.

Conforme o gráfico, atualizado pela Secretaria Municipal de Comunicação com dados fornecidos diariamente pela Secretaria de Saúde, o crescimento no total de positivados foi muito maior que a evolução de notificações – que saltou de 642 em 1º de junho para 1.596 neste dia 10 (aumento aproximado de 148%). No mesmo período, o número de recuperados subiu de 17 para 65 (cerca de 280%) e o de óbitos saltou 500% (de uma morte para seis).

O total de casos suspeitos descartados por exames e critérios clínicos aumentou de 394 para 899 no período – evolução de 126%, aproximadamente, nos últimos 40 dias. Os números refletem o relaxamento da população nos cuidados preventivos, que tem favorecido a disseminação dos vírus apesar de todos os esforços do município e das autoridades em saúde. A situação é agravada pela chegada do inverno e consequente queda nas temperaturas, já que a covid-19 é considerada uma síndrome gripal.

O problema é a prevalência de casos entre jovens e adultos até 40 anos, que têm sido maioria entre os positivados, enquanto as gripes comuns costumam afetar mais a população idosa – primeiro alvo nas campanhas vacinais, alerta a secretária municipal de Saúde, Cecília Cividini. O nível atual da pandemia reflete a falta de respeito às medidas preventivas, com muitos flagrantes de aglomeração em festas, churrascos, reuniões familiares e até em empresas, falta de uso da máscara, eventos em chácaras e baixo nível de isolamento domiciliar.

“A recomendação de ficar em casa especialmente após as 18h e nos finais de semana não tem sido levada a sério e os números mostram o resultado desse descaso com a própria saúde”, lamenta o prefeito Celso Pozzobom. “Por isso temos apelado para medidas mais restritivas e reforçado o pedido aos nossos comerciantes, lideranças, igrejas, imprensa, enfim, a todos os setores que envolvem um maior contato com o público para que ajudem a conscientizar a população. Ainda não atingimos o pico e se a evolução continuam nesse ritmo, logo não teremos mais vagas nos hospitais para tratar tantos doentes”, completou.

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