O jovem umuaramense Lucas Santos, de 23 anos, está precisando de ajuda para pagar pelo tratamento contra o câncer. Ele possui um Sarcoma Epitelidoide na região da cabeça e do pescoço, que é um tipo de tumor bastante raro, que compromete os tecidos conjuntivos. Lucas descobriu a doença em 2017. Ela se apresentou de maneira agressiva e depois alguns sintomas: sonolência, cansaço excessivo, caroços no pescoço e garganta, ele foi encaminhado para a Uopeccan.
Após algumas biópsias veio o diagnóstico indesejado e o início das sessões de quimioterapia. “Devido à alta toxidade sofri muito com os efeitos a ponto de precisar interromper devido a uma infecção no pulmão”, relatou Lucas. Depois de recuperado da infecção, ele foi encaminhado para uma cirurgia complexa, uma Pelviglossomandibulectomia, em que é retirada massa do rosto, ossos da mandíbula, dentes, e é feito preenchimento com tecido do peito.
“Nesse ponto eu estava curado, fazia consultas de rotina para acompanhamento”. Nove meses depois de superar a doença, Lucas encontrou um pequeno caroço no pescoço e constatou-se que o câncer havia voltado.
“Foi então que a situação se complicou, pois a cirurgia que era a única solução já não era mais possível, devido à área de cabeça e pescoço que já havia sido operado, e devido a doença estar mais espalhada, eu comecei sessões de quimioterapia paliativa, ou seja, sem garantia de sucesso, apenas fazia efeito momentaneamente”.
Esperança
Devido à complexidade do caso, com o apoio da família, Lucas buscou tratamento em São Paulo em um hospital particular e de referência. Após diversas terapias e análises médicas, um oncologista recomendou um medicamento que tem sido eficaz no combate à doença, e pediu que parasse com as sessões de quimioterapia. O medicamento, que é importado, foi aprovado pela Anvisa no ano de 2018, mas ainda é indisponível no SUS. Outro requisito para que ele pudesse começar o tratamento era um exame para detectar uma mutação extremamente específica e que acontece em menos de 1% dos cânceres.
“Minhas chances eram poucas, mas graças a Deus deu certo e o exame deu positivo. Agora preciso aguardar o médico, ele vai providenciar o novo medicamento importado, que receberei como doação, pois serei o primeiro paciente dele no Brasil a tomar”.
Enquanto espera pelo medicamento importado, Lucas precisa fazer uso de um remédio para “frear” a doença e não ficar tão debilitado por ela. O remédio que o jovem precisa tomar temporariamente chama-se Votrient - Cloridrato de Pazopanib 400mg -, que é vendido com 30 comprimidos por aproximadamente R$ 10 mil. Lucas precisa tomar dois comprimidos diariamente. Há a possibilidade de conseguir também por via judicial, mas esse tipo de solicitação pode demorar, e não há tempo.
Além disso, o jovem, que é eletricista, agora está impossibilitado de trabalhar por conta da doença. “Durante todo o tratamento eu estive relativamente bem, nunca parei de trabalhar, mas há um mês eu fiquei sem forças, como a quimioterapia não estava funcionando, a doença progrediu, não consigo comer e nem falar direito, e vivendo praticamente à base de suplementos e vitaminas”.
“Enquanto não sai essas duas coisas precisamos nos virar parar terminar de pagar a primeira caixa e comprar outra. Já emprestamos bastante dinheiro da família, para consulta, exames e tudo era até viável, mas o medicamento é extremamente caro”, contou.
Apoio dos amigos
Sensibilizado com a situação, Alan Barriento, que foi professor de Lucas no curso técnico em Eletrotécnica no Senai de Umuarama, criou a vaquinha. “Ele é um jovem querido pelos amigos e esforçado, muito trabalhador. Estamos tentando mobilizar e buscar ajuda das pessoas, nosso objetivo é atingir R$ 20 mil, mas qualquer quantia é bem-vinda”, declarou Barriento. Até essa quarta-feira (29) o valor arrecadado era de apenas R$ 820.
Clique aqui para acessar a vaquinha contribuir com o tratamento.
