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Chuvas

Prefeitura concentra esforços para recuperar galerias pluviais

O volume recorde de chuva para janeiro, o maior desde a década de 70, contribui para a destruição de galerias

Publicado em 12/02/2018 às 06:57
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A mesma chuva que alaga e rompe galerias, causando erosão, atrapalha a agilidade no serviço de recuperação (Foto: Tiago Boeing/ PMU)

Nas últimas semanas a Prefeitura de Umuarama concentrou esforços na recuperação de galerias danificadas pelas chuvas de dezembro e janeiro. Vários pontos estão restaurados e garantiram o escoamento neste fim de semana chuvoso. É o caso da caixa restaurada na Avenida Paraná, nas proximidades do Hospital Uopeccan, e da Avenida Parigot de Souza, no antigo Poliesportivo. Em outros pontos, porém, ainda há muito trabalho a fazer.

 “Vários fatores levaram a essa situação, entre eles o volume recorde de chuva para janeiro – o maior desde a década de 70 –, a característica do nosso solo arenoso e frágil e ainda a capacidade reduzida de escoamento de boa parte das galerias pluviais da cidade, que vem crescendo e se impermeabilizando, o que aumenta o volume de água correndo sobre o asfalto”, explicou Pozzobom. 

Segundo ele, esta demanda exige milhões de reais para ser resolvida. “É um desafio para várias gestões. Um prefeito só não vai resolver todos os pontos de alagamento da cidade e aumentar a capacidade de escoamento em toda a rede”, afirmou.

O secretário Isamu Oshima informou que o serviço só não é mais rápido pelas próprias condições climáticas. “A mesma chuva que alaga e rompe galerias, causando erosão, atrapalha a agilidade no serviço de recuperação. Os operários não podem trabalhar com o solo encharcado, mas quando tivemos dias de sol o serviço rendeu bem”, lembrou.

Na Parigot de Souza, um dos locais mais críticos, a Prefeitura construiu um poço de visita, conectou a saída de água à rede antiga, de 1,20m de diâmetro, e recuperou o aterro, a calçada e o pavimento. “O trânsito está normalizado no local e agora estamos recompondo o aterro, um serviço que deveria ter sido feito após a reconstrução das galerias do Poliesportivo. Estamos usando terra de vários pontos da cidade para nivelar a erosão às margens da avenida, dando mais segurança para as galerias”, disse Isamu.

Na última semana a Prefeitura recuperou uma galeria de 1,5m que recebe quase toda a água pluvial do Conjunto Habitacional Sonho Meu e corta o loteamento Império do Sol. Ela havia se rompido dentro de uma propriedade rural. Foram recolocados os tubos e um novo poço de visita de 2,5 por 2,5 m foi construído para reconectar a rede, com chaminé para vistoria.

Na Avenida Guanabara, o asfalto foi recuperado após os estragos causados pela chuva, ainda em janeiro, e nos próximos dias a Prefeitura reconstruirá a calçada danificada no canteiro central, próximo ao entroncamento com a Parigot de Souza. No distrito de Lovat, o município restaurou uma caixa com poço de visita que foi destruída pela chuva. 

“Da mesma forma que trabalhamos na sede, temos atendido aos distritos na medida do possível e resolvido problemas pontuais. Como foram muitos os estragos, ainda levará tempo para concluirmos todos os serviços necessários. Mas estamos trabalhando para isso”, acrescentou o prefeito Pozzobom.

Mais trabalho

Ainda há muito trabalho pela frente. Um ponto onde a Prefeitura vai intervir em breve é a rede de galerias destruída pelas chuvas em uma propriedade próxima ao Parque Industrial 3A, que canaliza as águas captadas em todo a região. No local também será realizada a revitalização do tanque pulmão, implantado para amortecer a velocidade da enxurrada e que foi assoreado por falta de manutenção, no passado.

Na rua José Dias Lopes, a Prefeitura precisa recuperar uma galeria de grandes dimensões que se rompeu e vem aumentando uma erosão que afeta o Lago Aratimbó. “Esse é um serviço de grande porte que temos de fazer o mais rápido possível. O projeto está em andamento e a Prefeitura busca os recursos necessários para a obra, mas por hora não é possível prever quando vamos iniciá-la”, informou o secretário Isamu Oshima.

Outra obra emergencial é a recuperação da cabeceira da ponte no Jardim São Cristóvão, próximo à estação de tratamento de esgoto da Sanepar. “Vamos recuar as bocas de logo e desviar as galerias do aterro, direcionando-as para o córrego Pinhalzinho. Dessa forma, evitaremos novas erosões em caso de rompimento. Já o aterro será recuperado com pedra rachão, para evitar o processo erosivo provocado pelas nascentes e pela elevação do nível do rio, que aumenta consideravelmente a cada chuva forte”, explicou.

De acordo com o prefeito, essas são algumas das obras emergenciais que o município vem realizando. “Além disso, muitos serviços menores de contenção de erosão, recuperação de galerias, bueiros, poços de visita, pavimentação e limpeza de bocas de lobo estão acontecendo em diversos bairros, a fim de reduzir os prejuízos e os incômodos causados pelas chuvas. O desafio é grande, mas estamos nos esforçando”, completou Pozzobom.

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