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Longevidade

Mulher completa 110 anos com saúde e lucidez em Campo Mourão

Para a família, é a boa convivência e alimentação que mantém dona Maria sempre forte para resistir ao peso da idade

Publicado em 26/07/2018 às 05:56
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Para se ter uma ideia da lucidez de dona Leonor, seu filho mais velho, de 84 anos, não a reconhece mais (Foto: tasabendo.com)

Chegar aos 100 anos está muito longe da expectativa de vida do brasileiro, que está na casa dos 75,8 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E o que dizer então de uma pessoa que já passou uma década do centésimo ano de vida. Dona Maria Leonor de Abreu completa nesta quinta-feira (26), 110 anos.

Apesar da longevidade, ela continua saudável e se comunicando com facilidade. Apenas a visão está enfraquecida. Ela acredita que só continua viva por providência divina, mas se dependesse de sua vontade, já gostaria de ter passado para a outra vida.

“Deus é quem manda, mas não eu não queria continuar vivendo mais. Não tem mais ninguém, os amigos e a maioria dos parentes e filhos já morreram. Não tem motivo para continuar vivendo, mas se Deus quer assim não posso reclamar”, disse ela, nesta quarta-feira, enquanto cortava o bolo de aniversário, oferecido pelas equipes das unidades de saúde do Avelino Piacentini e Jardim Tropical.

A comemoração, mesmo que simples, é oferecida todo ano pelas agentes de saúde do município, que acompanham a idosa há anos. A fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Ana Fernanda Vecchi, foi quem comprou as velas para comemorar o aniversário de dona Leonor. “Para mim é uma satisfação comprar a vela de três dígitos”, declara ela.

Para Fernanda, a boa convivência com a família e a alimentação é que mantém dona Maria sempre forte para resistir ao peso da idade. “A gente acompanha ela há cerca de sete anos e vê o carinho com que a família cuida. Além disso, o genro é pastor e ela participa dos cultos, se alimenta bem e é uma pessoa bem lúcida, mesmo com 110 anos. Isso surpreende a gente”, comenta a fisioterapeuta.

Quem cuida da idosa é a filha Eleonora de Araújo, 61 anos, que luta contra o câncer. Ela acredita que vai morrer antes da mãe. “Eu morro antes porque enfrento uma grave doença, enquanto minha mãe é saudável. O médico diz que o único problema de minha mãe é a dor nas costas, mas isso é pela idade avançada mesmo”, explica.

Para se ter uma ideia da lucidez de dona Leonor, seu filho mais velho, de 84 anos, não a reconhece mais. Ele mora em Araruna e sofre Alzheimer. Quando chega na casa da mãe e recebe o abraço, ele se afasta, dizendo que não a conhece. “Meu irmão se lembra de mim, mas não da nossa mãe”, conta a irmã Eleonora.

Dos 13 filhos que a idosa teve, apenas quatro são vivos. Ela mora na Rua Princesa dos Campos, no Jardim Tropical II, em Campo Mourão, e nasceu em 26 de julho de 1908, em Macaubas (Bahia). Para comprovar a idade, ela apresenta, inclusive, a carteira de identidade.

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