Um investimento de cerca de R$ 3,2 milhões do Governo do Estado em Guaíra está transformando o principal acesso ao município. Estão em obras desde julho deste ano as revitalizações de duas grandes avenidas e a construção de um parque urbano. Os principais objetivos são dividir o tráfego pesado da rodovia federal BR-163 e solucionar um problema de drenagem das águas da chuva, além de oferecer uma nova alternativa de lazer e entretenimento para os moradores.
A cidade tem três grandes novelos viários e as intervenções atuais estão em andamento no trevo de entrada, onde a BR-163 se transforma em via urbana e encontra a BR-272, que traz o fluxo comercial e turístico de Maringá e Umuarama.
Guaíra é uma das portas de entrada do Paraná para quem vem do Mato Grosso do Sul e do Norte do Brasil e é um entreposto do trânsito de caminhões entre o Centro-Oeste e o Porto de Paranaguá, tanto que a BR-163 encontra, 150 quilômetros depois, a BR-277, principal corredor de exportações do Estado.
A revitalização completa, inclusive, deu novo nome definitivo ao bairro, que passou a se chamar Parque do Lago. “É uma região que invariavelmente vai atrair novos centros comerciais. Guaíra é uma cidade que pode possuir lojas francas e essa revitalização deve ajudar na construção de uma cidade ainda mais aberta depois da pandemia provocada pelo novo coronavírus”, o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
Avenidas
A Rua Albino Guzella é a nova porta de entrada dos carros. As obras de pavimentação e revitalização englobam 1,1 quilômetro de comprimento por 9,5 metros de largura. O investimento estadual nessa via é de R$ 721.809,01. Ela começa ao lado de um novo condomínio de casas, com canteiro de palmeiras no meio, e, em linha reta, termina na prefeitura, na Igreja Matriz, na Câmara Municipal e no Fórum.
Antes disso, no entanto, ela encontra a Avenida Marginal em uma rotatória. Essa segunda via tem 1,6 quilômetro de comprimento por 6,5 metros de largura e conta com um córrego no meio. Ela será o principal acesso ao Parque Fundo de Vale. O investimento nela é de R$ 744.215,22. O V é justamente essa conexão entre as duas, ligações alternativas com a BR-163.
As pavimentações poliédricas começaram a ser substituídas por pavimentação asfáltica em julho e a expectativa é de conclusão até dezembro. A Secretaria de Infraestrutura e Logística disponibilizou cerca de R$ 1 milhão para cada obra, mas as licitações ocorreram em valores inferiores. Ainda há contrapartida municipal nos dois contratos.
A Rua Albino Guzella começa depois de alguns metros percorridos na BR-163, na frente da sede da Cooperativa Integrada, e o projeto futuro é ligá-la ao trevo principal, o que a transformará, efetivamente, em uma nova entrada. A Avenida Marginal ainda receberá uma conexão com uma rua vicinal, ao lado do parque, também asfaltada, para facilitar o trânsito dos carros em direção ao local de lazer.
Parque
O Parque Fundo de Vale é fruto de um convênio de R$ 1.789.016,07 do município com o Instituto de Água e Terra. (IAT), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Ele vai substituir uma antiga área verde que contava com um pequeno lago e nenhuma estrutura para diversão.
O novo lago tem um formato bem mais amplo com pista de caminhada ao redor, projeto de arborização com ipês, jacarandás e palmeiras, letreiro do município, parque de diversão, uma península para observação dos peixes, iluminação com LED e novo estacionamento.
Visto de cima o lago do parque lembra o formato dos pulmões do corpo humano com a península unindo os dois lados, doce semelhança ao potencial de uma área arborizada num município.
Atualmente os trabalhos englobam o aprofundamento e o nivelamento do lago, além de terraplanagem nas áreas que receberão a pista de caminhada. As obras atingiram 14% no começo de agosto e a previsão de conclusão é no final do ano.
Drenagem também chega a Bela Vista, localidade rural de Guaíra
A localidade rural de Bela Vista, em Guaíra, próxima ao município de Mercedes, também investe em drenagem. O Instituto de Água e Terra doou 2,9 mil metros de tubos para o município para implementar galerias pluviais. O objetivo é ajudar no controle das águas das chuvas para, num segundo momento, fazer a pavimentação.
Somente no ano passado o Instituto Água e Terra (IAT) entregou cerca 40 quilômetros lineares de tubos de concreto e até o final de 2020 a previsão é que sejam instalados mais de 70 quilômetros de galerias com os convênios que estão em andamento. As tubulações são “obras enterradas” que eliminam os focos de transmissão da dengue, o mau cheiro das valas a céu aberto, melhoram a paisagem urbana e controlam a ação erosiva.