A crise financeira e o desemprego que assola o país tem
feito muita gente recorrer aos empréstimos para acertar contas ou mesmo fechar
algum negócio, como a compra de casa ou automóvel. Do outro lado, porém, estão
os golpistas, estelionatários, que aproveitando da necessidade das pessoas,
começam a agir. E as redes sociais têm se tornado o maior aliado dos
criminosos.
Na semana, pelos menos dois casos de falso empréstimo
pela internet chegaram ao Procon. Em ambos, as vítimas acabaram depositando
dinheiro a pedido dos golpistas, acreditando na falsa promessa de que em
seguida o empréstimo entraria na conta.
Ao perceberem que tudo não passava de um golpe, as
vítimas solicitaram apoio do órgão de defesa do consumidor. Segundo a
coordenadora do Procon, Jurema Portes, é provável que mais pessoas tenham caído
no mesmo tipo de golpe na cidade. “Se tivemos dois casos registrados em uma
mesma semana, pode ser que outras pessoas também tenham sido enganadas”,
comenta Jurema.
Segundo ela, um casal que procurou o Procon na
quinta-feira passada, chegou a depositar R$ 1,500,00 aos golpistas. Na primeira
enviaram R$ 400,00, depois R$ 700,00 e, por fim, mais R$ 400,00.
“São pessoas que acabam iludidas. Houve a oferta do
empréstimo pelas redes sociais, parecia um bom negócio e eles fizeram o
cadastro. Depois de aprovado, vieram os pedidos de depósitos, com a
justificativa de quitar impostos e outros débitos, para só então ser liberado o
empréstimo. Mas depois de três depósitos e sem o empréstimo na conta, o casal
desconfiou e procurou o Procon”, relatou a coordenadora do órgão.
Com os documentos e informações da suposta empresa em
mãos, Jurema conta que tentou contato com os suspeitos, mas não obteve êxito.
“Os empréstimos oferecidos são dos mais variados valores, que vão desde R$ 20
mil, R$ 60 mil, a R$ 180 mil. No ano passado também fomos procurados por uma
pessoa que se interessou pelo empréstimo para comprar um caminhão. Pediram o
depósito de R$ 2mil, mas ele felizmente não efetuou e procurou o Procon.”
Jurema pede toda cautela com empréstimo via redes
sociais, seja por Facebook. Whasapp ou por email. “A orientação é para que não
envie dinheiro e, caso seja cobrado, que procure o Procon. Para fazer esse tipo
de negócio é importante conhecer a empresa, saber se é idônea ou não”,
completa.