Em pouco mais de dois anos de funcionamento, 2.108 estrangeiros que buscam uma nova oportunidade de vida no Brasil foram atendidos no Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná (Ceim-PR).
Desde que foi inaugurado, em 2016, o Centro recebeu registros de mais de 40 nacionalidades, com destaque para Haiti, Cuba, Síria e Venezuela. São populações que vivenciam crises humanitárias motivadas por tragédias naturais ou crises políticas, como o terremoto que atingiu o Haiti em 2015, as ditaduras enfrentadas por venezuelanos e cubanos e a guerra civil síria, que começou em 2011.
Na Venezuela, a questão política que afeta as liberdades individuais causou duros danos também na economia. “Um simples almoço por lá está custando cerca de duzentos reais”, diz Jose Luis Mata Merceron, de 46 anos, que assim como seu conterrâneo Miguel Leonardo Guevo Rodriguez, 33, veio com a família para o Brasil. No processo de interiorização do Governo Federal, iniciado em 2018, foram encaminhados para o Paraná.
Aqui, pretendem recomeçar a vida do zero. Miguel é engenheiro industrial e, juntamente com a esposa e o auxílio do Centro, está elaborando currículos para conseguir um emprego. Jose Luis tinha uma empresa de ônibus e agora quer regularizar a carteira de motorista para conseguir um trabalho.
Nesta sexta-feira (15) chega ao Paraná mais um grupo de venezuelanos. No total, 109 imigrantes vêm de Boa Vista (RR), transportados em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), numa ação da Operação Acolhida. Noventa ficarão em Curitiba, e outros 19 serão encaminhados para Goioerê (a 67 quilômetros de Umuarama).