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Infraestrutura

Crea completa 87 anos ressaltando obras não realizadas em rodovias da região

Em documento, são citadas obras importantes não realizadas, como duplicações entre Maringá e Campo Mourão, e de Cianorte até Francisco Alves

Publicado em 10/06/2021 às 23:42

Entre as suas principais ações recentes, o Conselho destaca a articulação das regionais para contribuir com a nova proposta de concessão de pedágio (Foto: Assessoria)

Neste dia 11 de junho de 2021, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) completa 87 anos de fundação. Dezenove presidentes passaram pela gestão da autarquia, representando a diversidade dos profissionais que atuam no Estado, nas áreas das Engenharias, da Agronomia e das Geociências. Em mais de oito décadas de história, o Crea-PR atua em prol da melhoria do ambiente de trabalho e garantia dos direitos de um contingente que, atualmente, é de mais de 70 mil profissionais registrados, por meio de suas oito regionais Apucarana, Curitiba, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco e Ponta Grossa, além das 35 inspetorias ligadas a estas cidades. 

O desenvolvimento profissional de Engenheiros, Agrônomos e Geocientistas é a razão de existir da autarquia, mas, cada vez mais, o Conselho estreita o seu diálogo e participação como um agente que faz a diferença no crescimento do Estado. 

“Em 87 anos de história, o Crea-PR sempre manteve e está cada vez mais intensificando um diálogo qualificado e com uma participação ativa e influenciadora de importantes decisões na sociedade. As profissões que o Conselho representa ajudam a construir o Paraná, do ponto de vista estrutural e econômico. Por isso, entendemos que a proximidade com o poder público, entidades de classe e sociedade civil é um papel fundamental que cabe a nós. Não podemos ser neutros, temos que nos posicionar sempre como um agente de mudança e desenvolvimento sustentável”, afirma o presidente do Crea-PR, Engenheiro Civil, Ricardo Rocha de Oliveira. 

Um exemplo recente e prático desta proximidade é a articulação das oito regionais em conjunto com as entidades de classe locais, para sugerir melhorias nas novas propostas de concessão do pedágio estadual. Cada regional analisou minuciosamente os trechos de rodovias que perpassam as suas fronteiras, e o Crea-PR, por sua vez, reuniu todas as considerações num mesmo documento e encaminhou para apreciação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e Governo do Estado. 

Regional Noroeste fez 20 sugestões para sete rodovias 

Após várias discussões, o grupo temático dos Colegiados Regionais de Entidades de Classe (CDER-PR) da Regional Maringá do Crea-PR fez 20 contribuições de melhorias ao processo da nova concessão de pedágios do Estado. As sugestões são para as rodovias PR-317, PR-323, BR-376, BR-487, PRC-466, PRC-487 e PR-60 – localizadas na região Noroeste. Em relação ao contrato, o CDER indica a participação popular da sociedade civil organizada nas eventuais correções de rota dos contratos, visando a transparência dos serviços prestados antes e depois das concessões. A ideia é que sejam criados comitês por lotes, além de realizadas auditorias externas dos contratos. 

Na PR-317, foram feitas as seguintes indicações: duplicação entre Maringá e Campo Mourão (obrigação da concessionária atual que alegou dificuldades de indenização das áreas desapropriadas); melhor sinalização na saída de Engenheiro Beltrão e no acesso de Terra Boa; construção de vias marginais na saída de Maringá, perto dos shoppings atacadistas e aeroporto; criação de acesso a Sarandi no projeto do futuro Contorno Sul Metropolitano; construção de entroncamento/passagem por Iguatemi; duplicação do trecho de Maringá a Iguaraçu; construção de viaduto na saída de Maringá para Iguaraçu, no cruzamento com a Avenida Kakogawa e adequação do tráfego pesado no trevo de Atalaia, passando por Iguaraçu, Astorga e encontrando com a BR-376, sentido Londrina. 

A passagem por Sarandi, Maringá e Marialva também foram citadas nas solicitações dos lotes 4 e 5, em relação a BR-376. Foram solicitados o alargamento das vias marginais; estudo técnico para viabilidade de viaduto no entroncamento da saída de Maringá, sentido Paranavaí e Campo Mourão e a duplicação do trecho entre Paranavaí e Loanda. Hoje, no local, existem terceiras faixas, que não são suficientes para o fluxo atual. 

Quatro sugestões sobre a PR-323 são referentes ao trecho de passagem por Cianorte, como a construção de viadutos de passagens entre as avenidas Paraíba, Pernambuco e Maranhão e no aeroporto e distrito de São Lourenço; a inserção de trincheira entre a fábrica das Baterias Júpiter e o rio dos Índios; a previsão de acesso das empresas durante a duplicação da rodovia, assim como a execução de vias marginais, viadutos e passarelas em todo o trecho. Já na passagem por Umuarama, a solicitação foi de construção de ciclovias e passarela perto do parque de exposições e no trevo de Mariluz, e a duplicação do trecho entre Francisco Alves e Guaíra. 

Entre Campo Mourão e Guarapuava, as melhorias indicadas são para as rodovias BR-487, PR-60 e AS PRC-466 e PRC-487. De acordo com o Engenheiro Mecânico Carlos Bueno Rego, diretor do Crea-PR e representante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá (Aeam) - que integra o CDER-PR na região Noroeste -, o grupo entendeu pela necessidade da duplicação do trecho, uma vez que todas essas vias recebem fluxo intenso de caminhões que escoam as safras para o porto, inclusive as que vem do Mato Grosso do Sul (MS). 

Integram ainda o grupo que liderou os debates sobre o tema – pela Regional Maringá do Crea-PR - o Geógrafo Danilo Serrano pela Associação dos Geógrafos Brasileiros Regional Maringá (AGB-RM); Engenheiro Civil João Artur Casado da Associação Profissional dos Engenheiros e Arquitetos de Paranavaí (Apeap); Engenheiro Civil Jerson Leski pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Noroeste do Paraná (Aeanopar) e o Engenheiro Agrônomo Silvério Cândido da Associação Regional Dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Cianorte (Arearc). 

Mesmo sem representantes diretos, outras Entidades de Classe também ajudaram nas sugestões da região Noroeste: Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR); Associação dos Engenheiros Agrônomos de Paranavaí e Região (AEA); Associação Maringaense dos Eng. Agrônomos (AMEA); Associação dos Engenheiros Agrônomos de Campo Mourão; Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos de Campo Mourão e Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Umuarama. 

Sobre o Crea PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharia, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de orientação e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

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