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Agressões

Casos de violência doméstica aumentam mais de 230% em Douradina

A violência doméstica se caracteriza pela prática de agressões entre pessoas que dividem o convívio familiar

Publicado em 22/10/2021 às 11:11

Se você presenciar esse tipo de violência ou for uma vítima dessa situação, denuncie (Foto: Portal da Cidade Douradina)

Entre agosto e setembro de 2021, a cidade registrou um aumento de 233% nos casos de agressão contra mulheres e violência doméstica, de acordo com a Polícia Militar. Em agosto foram 3 registros, enquanto em setembro foram registradas 10 ocorrências, sendo 3 prisões em flagrante. A violência doméstica se caracteriza pela prática de agressões entre pessoas que dividem o convívio familiar.

A Vigilância Epidemiológica Municipal faz um apelo para que a diversão dos homens não se transforme em dor para os outros, sendo as companheiras sempre as principais vítimas. "Se tem problemas com bebidas que procure tratamento. Em todos os casos quem precisou de tratamento e socorro foram as vítimas que não ingeriram bebida", fez um apelo a enfermeira Sandra Vasconcellos, que ainda orientou que essas mulheres e a família denunciem a agressão. “Todo mundo merece respeito. Quando as agressões se repetem muitas vezes, elas podem terminar em assassinato”, pontuou.

A enfermeira Sandra Vasconcellos orienta as vítimas que denunciem a agressão

O comandante da PM em Douradina, o sargento Ronaldo  Aparecido de Oliveira explicou que a Lei Maria da Penha, define e tipifica como crime diferentes formas de violência doméstica, além da agressão física. “A violência psicológica é quando o agressor causa algum dano emocional à mulher, humilhando, coagindo, perseguindo, ou limitando seu direito de ir e vir. Temos também o crime de violência sexual que é quando o autor obriga a mulher a praticar ato sexual sem que ela queira, a violência patrimonial quando o agente destrói objetos pessoais da vítima, como itens de trabalho e até mesmo causa retenção do dinheiro da vítima, sem falar da violência moral que são as ofensas verbais, a difamação, a ameaça e também a calúnia”.

Segundo o sargento, além da bebida alcoólica em excesso, o que mais motiva as agressões são fatores como o final de um relacionamento que o parceiro não aceita ou até mesmo divergência na partilha de bens, e o ciúmes. “Aos homens que praticam a violência contra a mulher, fica o aviso de que eles podem ser presos em flagrante e estar respondendo inquérito policial com pena de até 3 anos de detenção. Isso se não ocorrer um crime mais grave que é o feminicídio, com 12 a 30 anos de reclusão”, reforçou.

Se você presenciar esse tipo de violência, for uma vítima dessa situação, denuncie através do número de celular da PM (44)  99821-5044 ou 190, pelo Disk Denúncia 181, ou pelo 180, canal exclusivo para as mulheres em situação de vulnerabilidade. Não é necessário se identificar. Nos casos em que a violência já ocorreu procure um serviço médico de urgência (PAM, SAMU, UBS), e se dirija à delegacia mais próxima.

Confira a entrevista com o sargento Ronaldo Aparecido de Oliveira:


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