O ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura do Paraná, Daniel Gonçalves Filho acusou o deputado umuaramense Osmar Serraglio de receber propina em espécie. A informação foi publicada numa reportagem do edição online do Jornal O Globo na tarde de ontem(2).
Após ser preso durante a Operação Carne Fraca, Gonçalves fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) que foi homologado no final de dezembro pelo ministro do Supremo Federal (STF) Dias Toffoli. De acordo com o ex-superintendente, Serraglio teria recebido vários pagamentos de R$ 10 mil de empresas do setor alimentício.
Ainda de acordo com a reportagem do veículo, Gonçalves relatou que Serraglio foi um dos articulares de sua nomeação para o Ministério da Agricultura. O ex-superintendente ainda entregou outros políticos do PMDB do Paraná e detalhou como funcionava o sistema de compra de liberação de licenças por frigoríficos.
Deputado nega acusações
Em nota enviada à reportagem do Portal Cidade Umuarama, o deputado Osmar Serraglio negou as acusações e informou que as declarações de Daniel não possuem provas. “Diz que pagou em espécie. Pergunto: onde e como ele passou valores? Onde os sacou, como os transportou, quando e onde os entregou ? O que vale é a palavra de quem quer ser solto. Negocia a honra alheia e é premiado”, disse.
Ainda em nota, o deputado revelou acreditar estar sendo perseguido e servindo de bode expiatório. A “Operação Carne Fraca” foi tão escandalosa que comprometeu as exportações brasileiras. Grandes frigoríficos foram envolvidos, em diversos Estados. Nada mais se disse sobre isso. Eu próprio denunciei à Procuradoria da República negociação espúria que envolvia a JBS bem antes da Operação Carne Fraca”, informou.
Confira a nota na íntegra:
Acabo de ler, no “O Globo” on line, notícia de que em delação da “Operação Carne Fraca” meu nome teria sido implicado pelo ex-Superintendente Daniel Gonçalves Filho, como tendo recebido propina de R$.10.000,00.
Lamento dizer que parece estar sendo procurado um bode expiatório. A “Operação Carne Fraca” foi tão escandalosa que comprometeu as exportações brasileiras. Grandes frigoríficos foram envolvidos, em diversos Estados. Nada mais se disse sobre isso. Eu próprio denunciei à Procuradoria da República negociação espúria que envolvia a JBS bem antes da Operação “Carne Fraca”.
Há oito meses está o superintendente do Paraná preso e o que se desvendou? Agora será solto porque, afinal, um ex-Ministro foi implicado e isso já satisfaz.
Procurei informações e me foram negadas porque é crime revelar o que está sob sigilo da delação. Contudo, está na imprensa!!!
Passei para a jornalista do O Globo cópia dos documentos de 2007 que provam que a indicação do superintendente foi da Bancada. Aliás, eu nem o conhecia.
E, é fácil mentir: diz que pagou em espécie. Pergunto: onde e como ele passou valores? Onde os sacou, como os transportou, quando e onde os entregou ? O que vale é a palavra de quem quer ser solto. Negocia a honra alheia e é premiado.
Reconheço que, desde que fui Relator da CPMI que implicou os mensaleiros, atraí muitos inimigos. Estão em muitos lugares e cargos e me perseguem. Mas não me arrependo.
Umuarama, 2 de janeiro de 2018.
OSMAR SERRAGLIO,
deputado federal."
Portal da Cidade Umuarama com informações do Jornal O Globo