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Cleptocracia

Operação do Gaeco afasta prefeito de Iporã e cumpre mandados de prisão e busca

Grupo é acusado de fraudar licitações em benefício de empresas que estavam em nome de “laranjas” e que, na realidade, pertenciam ao prefeito e familiares

Publicado em 02/10/2019 às 07:21
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Prefeito de Iporã Roberto da Silva (PSDB) foi afastado do cargo e proibido de frequentar a prefeitura (Foto: Reprodução/Voltando para Minha Terra)

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, cumpre nesta quarta-feira, 2 de outubro, cinco mandados de prisão preventiva e 40 mandados de busca e apreensão no âmbito da operação “Cleptocracia”, que investiga atuação de organização criminosa em fraudes a licitações, corrupção passiva, falsidade ideológica e peculato na prefeitura de Iporã, Noroeste do estado. O prefeito de Iporã, Roberto da Silva (PSDB) , um dos investigados e alvos dos mandados de busca, foi afastado do cargo e proibido de frequentar a prefeitura por determinação do Tribunal de Justiça.

Prisões

São alvos dos mandados de prisão dois secretários municipais de Iporã (de Obras e de Finanças), um servidor público e outros dois integrantes da organização, apontados como principais colaboradores das fraudes.

De acordo com as investigações, iniciadas há dez meses pelo Núcleo de Cascavel do Gaeco e pela Promotoria de Justiça de Iporã, o grupo fraudava procedimentos licitatórios em benefício de empresas que estavam em nome de “laranjas” e que, na realidade, pertenciam ao prefeito e seus familiares.

Buscas

Dos 40 mandados de busca e apreensão, 34 foram expedidos pela Vara Criminal de Iporã e são cumpridas em Iporã (22), Curitiba (1), Umuarama (4), Santa Izabel do Ivaí (1), Toledo (1), Marechal Cândido Rondon (2), Palotina (1) e Tapejara (2). As buscas ocorrem em residências, gabinetes em secretarias municipais, empresas e escritórios contábeis.

Outros seis mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça e são cumpridos no gabinete do prefeito de Iporã, em sua residência e em sua propriedade rural, nas sedes de duas empresas e de instituição de ensino.

Suspensão de contratos

Também a partir das investigações, o Juízo determinou a suspensão do contrato que 12 empresas investigadas mantinham com a prefeitura, proibindo-as de participarem de novas licitações ou contratações com a administração pública.

Em entrevista, o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, fala sobre a operação. Confira:



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