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Investigação

CPI da Covid ouve ex-procurador jurídico de Umuarama; prefeito não comparece

A oitiva com o ex-servidor municipal foi a mais longa até o momento, durando quase 3 horas

Publicado em 17/08/2021 às 17:31
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Ex-procurador jurídico Heber Lepre Fregne foi ouvido por aproximadamente 3 horas (Foto: Eduardo Sebim/Portal da Cidade Umuarama)

Na oitiva mais longa das reuniões de trabalho da CPI da Covid, o ex-procurador jurídico da Prefeitura Municipal de Umuarama, Heber Lepre Fregne, foi ouvido na manhã desta terça-feira (17). A reunião com o ex-procurador foi a mais longa até o momento, durando quase 3 horas.

Muitos foram os questionamentos feitos a Lepre. Como determina o regulamento dos trabalhos, Ana Novais foi a primeira a fazer suas indagações. Ela iniciou os questionamentos abordando sobre a nomeação de Heber como procurador e sua indicação para assumir a pasta.

Outras perguntas foram voltadas aos trabalhos de assessoria jurídica prestado por Heber a entidades filantrópicas de Umuarama, como aos hospitais Norospar e Nossa Senhora Aparecida. Ele disse que após aproximadamente 90 dias depois de seu desligamento do cargo, passou a prestar serviço para a entidade no acompanhamento jurídico de contratos e demais tratativas.

Também foi indagado sobre sua proximidade com servidores que seguem atuando junto ao Departamento Jurídico da Prefeitura, assim como sua proximidade com o prefeito Celso Pozzobom. Ele informou que os servidores do departamento ao qual coordenou continuam sendo seus amigos, assim como do prefeito, porém, neste caso, após determinação judicial de afastamento, não mantém contato com o mesmo desde o mês de maio.

Os questionamentos tiveram sequência com as perguntas feitas pelos demais membros da comissão (Ednei do Esporte, Mateus Barreto, Cris das Frutas e Sorrisal).

O ex-procurador foi questionado sobre contratos e outras tratativas por ele desenvolvidas em prol das entidades para as quais prestava serviços jurídicos. Além do Norospar e Nossa Senhora Aparecida, ele também afirmou ter desenvolvido um serviço para o Hospital Cemil.

Aparte, outros questionamentos foram direcionados à atuação profissional de Heber depois de ter deixado o cargo de procurador jurídico do município, especialmente ao que se refere ao escritório de advocacia do qual ele é proprietário.

Celso Pozzobom

O prefeito Celso Pozzobom também foi convidado para falar à CPI nesta terça, porém, justificou a ausência alegando o seguinte em carta: “Por orientação dos meus advogados Alessandro Silveri e Gustavo Guedes, encontro-me impedido no aceite do convite, uma vez que a exploração política do assunto, para além do que já realizado, poderia trazer impactos negativos a minha defesa, consequentemente, a estabilidade política no município.”

Próxima reunião

No próximo dia 24 André Buratti, ex-administrador do hospital Norospar e o contador Guilherme Roberto Pereira, devem ser ouvidos pela Comissão. A presença deles já havia sido solicitada para o último dia 10, porém, por estarem detidos, não houve tempo hábil para autorização judicial permitindo a presença. A comissão aguarda liberação judicial de ambos para que possam responder aos questionamentos.

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