Durante o ano passado, 11 pessoas morreram em confrontos com policiais em Umuarama. Deste total, quatro mortes ocorreram no primeiro e oito foram registradas no segundo semestre. O levantamento foi elaborado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e tem como objetivo assegurar a apuração das mortes e contribuir para a diminuição da letalidade das abordagens e confrontos policiais.
Em todo Paraná, foram 275 pessoas mortes em confrontos. Destas, 263 foram em situações que envolveram policiais militares, seis com policiais civis e seis com guardas municipais. Das 275 mortes ocorridas, 229 ocorreram em “situação normal de serviço” e 46 em situação de folga dos policiais ou guardas municipais.
Na avaliação do Gaeco, as mortes derivam de 236 situações de enfrentamento, significando que em algumas situações foi morta mais do que uma pessoa. Os confrontos ainda deixaram 236 feridos, um número 17% menor do que o verificado em 2016, quando foram anotados 284 feridos.
REGIÃO
De acordo com o levantamento, cidades da região de Umuarama também registraram mortes com confrontos policiais. Em Douradina foram quatro mortes e Brasilândia do Sul, uma.
PERFIL
A faixa etária com mais vítimas de
confrontos com policiais militares no segundo semestre de 2017 foi a de jovens
com idade entre 18 e 29 anos, praticamente todos do sexo masculino. Elas
correspondem a 76% do total de vítimas (portanto, três em cada quatro mortos
eram jovens), um percentual maior do que o verificado no semestre anterior
(63%). A faixa de 13 a 17 anos, que representava quase 11% no primeiro
semestre, foi reduzida a menos que 6% no segundo semestre. E a faixa dos que
tem idade entre 30 e 59 anos, que representava 25% no primeiro semestre,
reduziu-se a 17% nos últimos seis meses do ano.