Os 26 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão em uma propriedade rural de Umuarama, na segunda-feira (19), já estão retornando para suas casas. Todos os trabalhadores são paraguaios e foram levados para o Consulado do Paraguai em Guaíra, na manhã desta quarta-feira (24), de onde serão encaminhados para suas residências.
Conforme a 4ª Companhia do Batalhão de Fronteira (BPFron), que tem sede em Umuarama e foi responsável pelo apoio aos agentes do Ministério Público do Trabalho (MPT) no resgate e também na segurança dos trabalhadores nesta viagem, o grupo de paraguaios era composto por uma mulher e uma criança de 5 anos.
Todos estavam em um abrigo em Umuarama e sua viagem foi acompanhada pelo cônsul Inocêncio Cuevas Ruiz Diaz e o advogado paraguaio Manuel Gomez. As autoridades paraguaias também acompanharam a audiência em que o promotor André Vinicius Melatti determinou o valor e o pagamento das verbas rescisórias.
Segundo o capitão do BPFron, Namur Zandoná, os trabalhadores não tinham condições adequadas para trabalhar. “Não havia banheiro, local para alimentação e alguns relataram que não estavam sendo pagos e que contraíram dívidas com o contratante”, disse o militar se referindo às irregularidades encontradas pela fiscalização realizada pelos agentes do MPT. A condição dos alojamentos também era precária, com muita sujeira.