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Temer decide trocar Osmar Serraglio da Justiça por Torquato Jardim

Publicado em 28/05/2017 às 00:01

Brasília - O presidente Michel Temer decidiu substituir o ministro da Justiça, Osmar Serraglio. As conversas sobre a escolha do sucessor ocorreram neste domingo (28). O novo ministro será o chefe do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim.

O Palácio do Planalto divulgou nota confirmando a informação. Leia a nota: “O Presidente da República decidiu, na tarde de hoje, nomear para o Ministério da Justiça e Segurança Pública o Professor Torquato Jardim. Ao anunciar o nome do novo Ministro, o Presidente Michel Temer agradece o empenho e o trabalho realizado pelo Deputado Osmar Serraglio à frente do Ministério, com cuja colaboração tenciona contar a partir de agora em outras atividades em favor do Brasil”.

A saída de Serraglio do Ministério da Justiça tem como efeito imediato retirar o mandato do deputado afastado Rocha Loures (PMDB-PR). Loures é suplente de Serraglio, que agora volta à Câmara, e foi fortemente atingido pela delação de Joesley Batista. Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil de um emissário de Batista.

O STF avalia pedido da PGR de prisão de Loures, que não descarta fazer delação premiada. Segundo a delação de Joesley Batista, foi o presidente Temer quem pediu para que Joesley procurasse Loures para resolver problemas do grupo J&F. Foi após essa ordem que Loures recebeu a mala de dinheiro.

Serraglio é alvo de críticas no governo desde que assumiu o Ministério da Justiça. Ele é considerado um ministro muito congressual, com nenhuma interlocução no poder Judiciário. Tudo o que o presidente  Temer precisa neste momento em que passou a ser investigado pelo STF pelos crimes de corrupção, obstrução de Justiça e formação de quadrilha. O inquérito foi aberto em decorrência da delação premiada de Joesley Batista.

A Polícia Federal é subordinada ao Ministério da Justiça. O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) em conversas gravadas por Joesley Batista defendeu a troca de Serraglio por considerar que ele não tinha pulso para interferir nos trabalhos da PF para direcionar delegados que irão investigar determinados políticos.

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