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Fim

Rebelião na cadeia de Cianorte termina com transferência de presos

Policiais de Cruzeiro do Oeste, Campo Mourão e Maringá foram acionados para auxiliar na contenção dos preso

Publicado em 19/09/2018 às 01:14

Segundo a PM, cerca de 80 presos depredaram a parte interna da carceragem e derrubaram duas das três portas (Foto: Mônica Chagas)

A rebelião desta terça-feira (18) na Cadeia Pública de Cianorte demorou cerca de quatro horas para ser totalmente controlada. A Polícia Militar foi acionada a comparecer na delegacia por volta das 11 horas, depois de uma confusão entre um detento e um agente carcerário. 

Segundo a PM, cerca de 80 presos depredaram a parte interna da carceragem e derrubaram duas das três portas que os seguravam. Policiais de Cruzeiro do Oeste, Campo Mourão e Maringá foram acionados para auxiliar na contenção dos presos, além de equipes da Seção de Operações Especiais (SOE) do Departamento Penitenciário (Depen) e da Tropa de Choque. 

Cerca de 90 agentes entraram na cadeia para normalizar a situação, o que ocorreu por volta das 15 horas. Uma operação “bate grade” foi iniciada logo depois para a apreensão de possíveis armas, drogas e outros objetos. O comando da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) de Cianorte não deu declarações à imprensa. 

O delegado responsável pela 21ª SDP, Marino de Oliveira, não atendeu às ligações da equipe de reportagem da Tribuna. Durante a rebelião, a cadeia estava com 190 presos. O número é quatro vezes maior do que a capacidade considerada pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp), de 44 detentos. No dia 26 de agosto deste ano, sete detentos conseguiram fugir da delegacia. O local estava com 210 presos. 

Na época, a Sesp afirmou que iria transferir detentos que cometeram crimes com menor potencial ofensivo. Ontem (18), o Núcleo de Comunicação da pasta confirmou que “foi autorizada a transferência de cinco detentos para uma penitenciária”. Por meio de nota, a Secretaria também informou que “toda e qualquer transferência de presos precisa de autorização da Vara de Execução Penal (VEP)”. 

Segundo a Sesp, o motivo para o início da rebelião e um possível disparo de arma de fogo serão investigados pela Polícia Civil. O órgão também não soube precisar quais foram os danos estruturais causados pelos presos e afirmou que não recebeu informações de feridos com gravidade.

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