Evandro Luiz, 38 anos, motorista de uma carreta bitrem atingida por um ônibus de Umuarama, disse emocionado que, lamenta a morte do companheiro de estrada e por pouco não trouxe a filha adolescente consigo.
''Não tenho palavras para dizer para a família do motorista do ônibus. É um companheiro de estrada e que agora o jeito é só lamentar. Não posso julgar o companheiro, se ele dormiu ou não'', explicou.
Luiz dirige nas estradas há oito anos e garante que nunca se envolveu em acidentes. Ele relata que a filha está em férias e estava combinado dela ir junto. O fato da jovem mudar de ideia na última hora foi um ''livramento'' de Deus, acredita o profissional.
Caso contrário, ela teria visto o caminhão do pai ser atingido pelo ônibus de viagem.
O condutor, que mora em Missal (PR), relatou que vinha de Foz do Iguaçu (PR) em direção a Cuiabá (MT), com uma carga de farinha de trigo.
''A sorte de não ter me machucado foi o fato de ter parado longe do caminhão da frente'', contou. Depois da pancada, Luiz disse: ''aos poucos fui me recuperando e vi o passageiro na parte de cima com uma expressão de assustado e sangrando na parte do rosto''.
Luiz fez questão de tranquilizar sua família no Paraná e que lamenta muito pelo ocorrido, ainda sob forte abalo emocional.
Batida
Adalto Junior Feitosa, 28 anos, dirigia um ônibus da Viação Garcia, que vinha de Umuarama com destino final Campo Grande. Na BR-163, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal, saída para São Paulo, ele bateu na traseira de uma carreta bitrem, que por sua vez, atingiu outra que estava à frente. Feitosa morreu na hora.
No ônibus, havia seis pessoas, sendo quatro homens e duas mulheres. Um senhor que estava na parte superior do ônibus teve fratura na perna e o resgate foi bastante complicado, disse o tenente Quintana, do Corpo de Bombeiros. A vítima foi retirada pela saída de emergência do ônibus.
Dos outros quatro feridos, três estavam estáveis, com dores abdominais devido ao impacto do cinto de segurança.