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Crime ambiental

Mais de 100 aves nativas são apreendidas em operação na região de Campo Mourão

Ao todo, R$ 92 mil em multas foram aplicados aos responsáveis. O IAT encaminhou os pássaros para atendimento veterinário

Publicado em 01/08/2021 às 21:50
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As aves que já estavam domesticadas e anilhadas foram deixadas com os criadores como fieis depositários e as demais foram encaminhadas ao Instituto Água e Terra para avaliação e soltura em seu habitat (Foto: PMPR)

Mais de 100 aves nativas mantidas em cativeiro de forma irregular foram apreendidas pelo Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAmb-FV) durante a Operação Liberdade. As ações foram direcionadas a criadouros amadores das cidades de Fênix e Quinta do Sol, na região de Campo Mourão. Ao todo, R$ 92 mil em multas foram aplicados aos responsáveis. O Instituto Água e Terra (IAT) prestou apoio e encaminhou os pássaros para que recebam atendimento veterinário.

De acordo com as informações do batalhão, a operação foi desencadeada na sexta-feira (30) para fiscalizar criadores de aves. Em 11 pontos abordados foram constatadas irregularidades, sendo lavrados 15 Autos de Infração Ambiental, no valor de R$ 92 mil, e resgatadas 114 aves nativas de espécies como trinca-ferro, coleirinha, sabiá, bicudo, tico-tico, pássaro-preto, cardeal, bico-de-pimenta e canário-terra, entre outras.

Segundo o comandante da 3ª Companhia do BPAmb-FV, o capitão Alcimar Crecencio, o resultado da operação foi positivo, pois muitas das aves puderam retornar à natureza. “Os criadores de passeriformes são pessoas legalizadas pelo Ibama, têm um cadastro e um limite de aves autorizado, porém, normalmente, eles comercializam esses animais e capturam novos exemplares na natureza de maneira ilegal”, disse.

Ainda segundo o capitão Alcimar, os autos de infração foram aplicados aos responsáveis por manterem aves silvestres em cativeiro sem a autorização e, também, em função do plantel de aves estar desatualizado no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (SisPass).

“As pessoas devem procurar estar sempre regulares, porque a qualquer momento elas podem ser fiscalizadas e o número de aves que possuem precisa ser o mesmo que consta no cadastro ambiental”, explicou o capitão.

As aves que já estavam domesticadas e anilhadas foram deixadas com os criadores como fieis depositários e as demais foram encaminhadas ao IAT para avaliação e soltura em seu habitat.

Ainda de acordo com a unidade, além das autuações administrativas, os infratores responderão pelo artigo 29 da Lei Federal de Crimes Ambientais, que prevê detenção de seis meses a um ano e multa por matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida.

Denúncias

O principal canal para denúncia de crimes ambientais é o Disque Denúncia 181, onde a população pode repassar informações sem se identificar.

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