12 trabalhadores de origem paraguaia que prestavam serviços em uma plantação de mandioca foram resgatados em condições análogas à escravidão nesta segunda-feira (17), na zona rural de Umuarama. As informações preliminares sobre o caso foram repassadas pela 4ª Companhia do Batalhão da Polícia de Fronteira (BPFron) com sede em Umuarama. Eles apoiaram agentes do Ministério Público do Trabalho.
Segundo o capitão do BPFron, Namur Zandoná, os trabalhadores não tinham condições adequadas para trabalhar. “Não havia banheiro, local para alimentação e alguns relataram que não estavam sendo pagos e que contraíram dívidas com o contratante”, disse o militar se referindo às irregularidades encontradas pela fiscalização realizada pelos agentes Ministério Público do Trabalho. A condição dos alojamentos também era precária, com muita sujeira.
Ainda de acordo com o capitão, os peritos do Ministério Público do Trabalho irão realizar um laudo técnico sobre o caso para que os contratantes e proprietários da área cultivada sejam acionados na Justiça. Como o processo ainda não foi concretizado, tanto a PM, como o Ministério Público do Trabalho não divulgaram mais detalhes sobre o caso. Os trabalhadores foram encaminhados para um abrigo e de lá, será analisada a condição de volta ao país de origem, especialmente, após pagamento de verbas rescisórias e de indenizações por danos morais.
Nos próximos dias o Ministério Público do Trabalho se pronunciará sobre o caso.