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SAÚDE MENTAL

Psiquiatra descreve os sinais e como ajudar pessoas com pensamento suicida

A especialista Camilla Casarin garante que a sensibilidade e o apoio da família são essenciais para a prevenção

Publicado em 16/01/2019 às 05:54
Atualizado em

Psiquiatra explica que sua ajuda pode fazer toda a diferença (Foto: Divulgação)

A cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).  São taxas que continuam aumentando, principalmente em países pobres e em desenvolvimento. Tais vidas poderiam ser salvas, se não fosse o tabu que criou-se em torno do tema. 


Preconceito social

Preconceito este não só por parte do paciente, mas também de seus familiares, amigos e até de profissionais de saúde. Aproximadamente 97% das pessoas que tentaram ou se suicidaram têm alguma doença mental, como por exemplo, transtornos de humor, dependência química, esquizofrenia ou transtornos de ansiedade.

Todas essas doenças podem ser tratadas com a ajuda de profissionais capacitados (psiquiatra e psicólogo), evitando que a pessoa tente o suicídio.

Fique atento

A estrutura das relações familiares também influencia o risco de suicídio. Famílias disfuncionais ou conflituosas podem acarretar sentimentos de desamparo e de perda de controle. Assim como a ausência de comunicação e a indiferença entre uns e outros manifesta o desejo de morrer, o desencorajamento para expressar emoções e sentimentos de hostilidade por parte da família.

É importante que os familiares e amigos estejam atentos às mudanças frequentes no humor e comportamento da pessoa, até mesmo em seu comportamento nas redes sociais. Em caso de crianças e adolescentes, a escola também pode contribuir e alertar a família. 



Como ajudar

Quando identificada alguma alteração que indique pensamentos suicidas, é preciso conversar com a pessoa, encorajá-la a expor seus sentimentos, sem julgar suas ações ou pensamentos.

Anônimo

Depoimento

Já tive crises de pânico, transtornos de personalidade, de humor, e pensei no suicídio por diversas vezes. O que me ajudou a superar tudo aquilo foi a compreensão, tive a ajuda de alguns amigos, de minha noiva, de minha família e de um profissional. Se não fosse por eles, eu não teria conseguido.

Anônimo


Jamais desafie a pessoa que está pensando em tirar sua vida, pois o fato dela ter dito que ia se matar e não tê-lo feito não significa que não tenha coragem e que não irá fazê-lo.

Se a reprimirmos ou não acreditarmos nela, daremos mais um motivo para que ela o faça. Lembre-se que por trás do desejo de tirar a própria vida, há muito provavelmente uma doença mental, sendo imprescindível buscar ajuda de psiquiatras e/ou psicólogos para avaliação e tratamento adequados. 


Clínica Revitalle
Dra. Camilla Casarin Francisco
Psiquiatra / Psiquiatra da Infância e Adolescência
CRM 30802 / RQE: 22.795 / RQE: 23.492
Praça Oscar Thompson Filho, 3221, Zona I-A - Umuarama
(44) 3622-4836


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