A neuropsicóloga Soyane Marcato explana quais as principais disfunções cerebrais sobre o comportamento e a cognição em desordens psiquiátricas como depressão.
A depressão é um dos problemas atuais mais comuns encontrados pelos profissionais de saúde mental. Segundo a especialista, isso pode ser o resultado de vários fatores diferentes como: variáveis biológicas, históricas, ambientais e psicológicas.
A doença pode acarretar alterações cognitivas como memória e atenção e nas avaliações neuropsicológicas realizadas em pacientes que possuem depressão as principais alterações são em memória de longo prazo, atenção, concentração, flexibilidade cognitiva e lentidão dos pensamentos.
Atenção
Pacientes depressivos podem apresentar alterações na capacidade de viso-espacial, memória imediata e atenção quando comparados com indivíduos normais.
Memória de longo prazo
A maioria dos estudos encontra evidências de comprometimento da evocação e reconhecimento tanto de material verbal quanto não-verbal.
Função Executiva
É observado lentidão do processamento cognitivo em pacientes depressivos, bem como alterações na flexibilidade mental.
Processo de iniciação
Deprimidos parecem ter alteração executiva relacionada a dificuldade em iniciação de tarefas.
Sendo assim, o diagnóstico de depressão pode acarretar dificuldades não somente emocionais, mas também cognitivas que podem causar danos para a qualidade de vida diária do paciente, e até mesmo, ocasionar dificuldades no desenvolvimento acadêmico e profissional.
Como tratar
Estudos sugerem que o uso de terapias voltadas para a resolução de problemas se mostra eficaz na redução dos sintomas depressivos e na melhora do desempenho em atividades da vida diária, podendo ser uma alternativa terapêutica importante para a população que permanece com esses sintomas.
Soyane Marcato
Neuropsicóloga - CRP 08/19884
Rua Antônio Ostrenski, 3818, Zona I - Umuarama
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