Portal da Cidade Umuarama

Na Alemanha

Lismara Ambrósio: uma ‘mulher de aço’ classificada para o Mundial de Triathlon

Mesmo classificada para a prestigiadíssima competição, a atleta umuaramense ainda terá que vencer a falta de patrocínio se quiser viajar para Hamburgo

Publicado em 28/10/2022 às 14:41
Atualizado em

A triatleta umuaramense Lismara Ambrósio, de 25 anos, já venceu neste ano duas etapas do nacional de triathlon sprint (Foto: Eduardo Sebim/Portal da Cidade Umuarama)

O que nos impede de imaginar que os feitos mitológicos de semideus – aqueles homens superiores aos demais e inferiores aos deuses – ou de alguns personagens com capa dos quadrinhos podem não ter sido criados meramente pela frustração de desejos inalcançáveis, mas que tenham vindo justamente do testemunho de feitos de homens que colocam o seu físico e emocional a limites incomuns.

Há muitos exemplos do que acabamos de falar no esporte, e a triatleta umuaramense Lismara Ambrósio, de 25 anos, é um estalão de superação de limites. A natação que começou com 11 anos de idade incentivada pela mãe Marinelza Ambrósio, hoje é pouco, e o corpo atlético só encontra descanso no primeiro lugar do pódio após aproximadamente uma hora e 10 minutos de prova que recebe boas doses de pedal e corrida. Esse é o encontro com o triathlon sprint.

Mas antes de começar a cravar seu nome na modalidade em 2016 ao vencer o Circuito Renault Verão de Caiobá, em Matinhos (PR)É, Lismara viveu seu auge na natação do Minas Tênis Clube de Belo Horizonte (MG). A agremiação esportiva já revelou feras como Cesar Cielo, Thiago Pereira e Marcus Mattioli e está entre as melhores do Brasil com 13 títulos do Troféu José Finkel e 10 títulos do Troféu Brasil.

Lismara Ambrósio / triatleta / Umuarama (PR)

Liberdade

“Para mim nadar, pedalar e correr é uma sensação de liberdade, de sair do cotidiano, do dia a dia de trabalho, de poder estar conectado com a gente mesmo e fazendo o nosso melhor”

Lismara Ambrósio / triatleta / Umuarama (PR)

Mesmo que a transição entre a natação e o triathlon sprint possa ter parecido tranquilo, ela foi apenas apaziguada pela determinação que se exige de quem deseja ser atleta no Brasil. Lismara teve que optar a voltar para Umuarama para ficar mais próxima da família gastando toda sua economia obtida com uma bolsa atleta em uma bicicleta para competir, que apesar de custar R$ 2 mil era considerada simples para a modalidade esportiva.

As braçadas fortes que empurram a água, as pisadas que diminuem espaços e as pedaladas que aproximam, e tudo pela conquista da linha de chegada, se juntaram à rotina diária de educadora física, dona de casa e esposa – tarefas que indiferentemente da morte da mãe em 2017 nunca interromperam a rotina de treino da atleta.

“O triathlon sprint também me possibilitou como mulher demonstrar minha garra, minha força, eu trabalho, sou esposa, sou dona de casa, então a gente tira um tempinho para treinar e vê que é capaz de muito mais do que imagina”.

Vivenciado o luto pela perda da mãe e os empecilhos trazidos pela pandemia, que geraram cancelamento de competições, Lismara conseguiu manter o rendimento aumentando seu quadro de conquistas que já conta com 270 medalhas e quase 50 troféus obtidos na natação e no triathlon. Neste ano, ela venceu as duas etapas do nacional de triathlon sprint realizadas em Florianópolis (SC) e Maceió (AL) e já está garantida para o Mundial de Triathlon Sprint em Hamburgo, na Alemanha, em julho de 2023.

“A gente precisa de apoio financeiro porque é um esporte que demando muitos gastos com viagens, por isso, a gente sempre está à procura de patrocínio e de pessoas que acreditam no esporte, que querem ajudar a gente a chegar no objeto almejado que é a Alemanha em 2023”.

A ‘mulher de aço’ de Umuarama recebe o patrocínio do Supermercado Planalto, Black Rigor, Baterax, CDI Imagem, Lemon Comunicação, Econex Contabilidade e novos incentivadores podem obter todos os detalhes do planejamento de carreira da atleta pelo telefone (44) 9943-2059 (WhatsApp).

A natação que começou com 11 anos de idade incentivada pela mãe Marinelza Ambrósio, hoje é pouco, e o corpo atlético só encontra descanso no primeiro lugar do pódio

Fonte:

Deixe seu comentário